Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Macau – Fórum de Macau quer “ponte mais sólida” entre a China e os países lusófonos

Focando a sua acção no combate à pandemia e na recuperação económica, o Fórum de Macau pretende aprofundar o intercâmbio e a cooperação entre a China Continental, Macau e os países lusófonos, destacou o secretário-geral do organismo


Continuando a aproveitar o papel da RAEM enquanto Plataforma, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa irá “concentrar os seus trabalhos nas vertentes de cooperação no combate à pandemia e promoção da recuperação económica, aproveitando as oportunidades emergentes através da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, da construção da Grande Baía e em particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin”, salientou ontem o novo secretário-geral do Secretariado Permanente do organismo, durante um almoço oferecido aos órgãos da comunicação social local das línguas portuguesa e inglesa.

Através dessa estratégia, o Fórum pretende “edificar uma ponte mais sólida para o intercâmbio e cooperação entre o Interior da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa, sempre enfrentando as dificuldades e procurando atingir um desenvolvimento comum”, acentuou Ji Xianzheng.

“Perspectivando o futuro, não podemos poupar esforços. A pandemia causada pelo novo tipo de coronavírus relembrou-nos de que o vírus não respeita fronteiras e que toda a humanidade tem um futuro compartilhado para o bem e para o mal”, frisou ainda, ao defender que, face “ao surgimento constante de questões e desafios a nível global, a única resposta correcta para nós é prosseguirmos os princípios de abertura e inclusão, negociação e cooperação, bem como defendermos o multilateralismo, promovendo proactivamente a construção de uma comunidade de partilha humanística”.

Num registo mais pessoal, Ji Xianzheng, que assumiu o cargo de secretário-geral do Fórum em Janeiro, contou que há 15 anos que não visitava o território e elogiou a “nova paisagem urbana de Macau e a solidariedade harmoniosa entre sectores sociais”. Durante o Ano Novo Lunar, teve a oportunidade de sentir novamente “o encanto singular de Macau que se traduz na coexistência, convergência e promoção recíproca das diversas culturas”.

O responsável do Fórum considerou, por outro lado, que “a sociedade de Macau tem avançado com determinação e enfrentado, unida e solidária, os inúmeros desafios e dificuldades causados pela pandemia, evidenciando esforços concertados, mostrando as vantagens institucionais e pungência do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”. Em 2021, o organismo organizou novas actividades de intercâmbio económico-comercial e cultural, em coordenação com as partes envolvidas no âmbito do Fórum de Macau, “tendo obtido os resultados definidos”, realçou Ji Xianzheng, que horas depois também marcaria presença num jantar oferecido à imprensa em língua chinesa.

Ji Xianzheng não fez qualquer referência à reunião ministerial extraordinária do Fórum, que segundo apurámos ainda não tem datas confirmadas. O evento, que chegou a estar previsto para o final de Outubro de 2021, tem sido adiado devido à pandemia. A última conferência ministerial decorreu presencialmente na RAEM, em 2016. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau


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