Focando a sua acção no combate à pandemia e na recuperação económica, o Fórum de Macau pretende aprofundar o intercâmbio e a cooperação entre a China Continental, Macau e os países lusófonos, destacou o secretário-geral do organismo
Continuando
a aproveitar o papel da RAEM enquanto Plataforma, o Fórum para a Cooperação
Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa irá
“concentrar os seus trabalhos nas vertentes de cooperação no combate à pandemia
e promoção da recuperação económica, aproveitando as oportunidades emergentes
através da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, da construção da Grande Baía e em
particular, da construção da Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin”,
salientou ontem o novo secretário-geral do Secretariado Permanente do
organismo, durante um almoço oferecido aos órgãos da comunicação social local
das línguas portuguesa e inglesa.
Através
dessa estratégia, o Fórum pretende “edificar uma ponte mais sólida para o
intercâmbio e cooperação entre o Interior da China, Macau e os Países de Língua
Portuguesa, sempre enfrentando as dificuldades e procurando atingir um
desenvolvimento comum”, acentuou Ji Xianzheng.
“Perspectivando
o futuro, não podemos poupar esforços. A pandemia causada pelo novo tipo de
coronavírus relembrou-nos de que o vírus não respeita fronteiras e que toda a humanidade
tem um futuro compartilhado para o bem e para o mal”, frisou ainda, ao defender
que, face “ao surgimento constante de questões e desafios a nível global, a
única resposta correcta para nós é prosseguirmos os princípios de abertura e
inclusão, negociação e cooperação, bem como defendermos o multilateralismo,
promovendo proactivamente a construção de uma comunidade de partilha
humanística”.
Num
registo mais pessoal, Ji Xianzheng, que assumiu o cargo de secretário-geral do
Fórum em Janeiro, contou que há 15 anos que não visitava o território e elogiou
a “nova paisagem urbana de Macau e a solidariedade harmoniosa entre sectores
sociais”. Durante o Ano Novo Lunar, teve a oportunidade de sentir novamente “o
encanto singular de Macau que se traduz na coexistência, convergência e
promoção recíproca das diversas culturas”.
O
responsável do Fórum considerou, por outro lado, que “a sociedade de Macau tem
avançado com determinação e enfrentado, unida e solidária, os inúmeros desafios
e dificuldades causados pela pandemia, evidenciando esforços concertados,
mostrando as vantagens institucionais e pungência do princípio ‘Um País, Dois
Sistemas’”. Em 2021, o organismo organizou novas actividades de intercâmbio
económico-comercial e cultural, em coordenação com as partes envolvidas no
âmbito do Fórum de Macau, “tendo obtido os resultados definidos”, realçou Ji
Xianzheng, que horas depois também marcaria presença num jantar oferecido à
imprensa em língua chinesa.
Ji
Xianzheng não fez qualquer referência à reunião ministerial extraordinária do
Fórum, que segundo apurámos ainda não tem datas confirmadas. O evento, que
chegou a estar previsto para o final de Outubro de 2021, tem sido adiado devido
à pandemia. A última conferência ministerial decorreu presencialmente na RAEM,
em 2016. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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