A seleção conta com autores brasileiros, moçambicanos e
portugueses
O
Itaú Cultural e o Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa divulgam
as dez obras finalistas da edição 2022 da premiação. São dois livros de contos,
um de crônica, um de poesia e seis romances. Confira abaixo a lista dos
selecionados:
Alexandra Lucas Coelho, Líbano,
labirinto (crônica)
Ana Martins Marques, Risque
esta palavra (poesia)
Djaimilia Pereira de
Almeida, Maremoto (romance)
Maria Fernanda Elias
Maglio, Quem tá vivo levanta a mão (conto)
Micheliny Verunschk, O
som do rugido da onça (romance)
João Paulo Borges Coelho, Museu
da revolução (romance)
José Gardeazabal, Quarentena
– uma história de amor (romance)
Pedro Pereira Lopes, O
livro do homem líquido (conto)
Tatiana Salem Levy, Vista
chinesa (romance)
Teresa Noronha, Tornado
(romance)
Dessa
lista, quatro autores são brasileiros: Ana Martins Marques, Maria Fernanda
Elias Maglio, Micheliny Verunschk e Tatiana Salem Levy. Os restantes são
moçambicanos – João Paulo Borges Coelho, Pedro Pereira Lopes e Teresa Noronha –
e portugueses – Alexandra Lucas Coelho, Djaimilia Pereira de Almeida e José Gardeazabal.
In “Itaú Cultural” – Brasil
Concorrentes
Os
2452 títulos concorrentes ao Oceanos 2022 foram escritos por autores de 17
diferentes nacionalidades e publicados em sete países: Angola, Brasil, Cabo
Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Houve
crescimento de 34% no número de obras inscritas em relação à edição anterior:
621 livros a mais que os 1831 concorrentes ao Oceanos 2021.
Apenas
do continente africano, o aumento foi de 121% no número de escritores
participantes. Foram inscritos 62 livros de autores nascidos em Angola (18),
Cabo Verde (8), Guiné-Bissau (3), Moçambique (31) e São Tomé e Príncipe (2),
todos escrevendo e publicando originalmente em língua portuguesa.
Entre
os gêneros literários avaliados, a poesia – com 1.130 livros – correspondeu a
46,1% das inscrições. Os romances somaram 743 obras e representaram 30,3% do
total; os livros de contos – 372 inscrições – perfizeram 15,2%, seguidos por
156 volumes de crônicas – 6,3% – e 51 obras de dramaturgia – 2,1%.
A
lista de livros concorrentes está disponível aqui.
Acesse
o Regulamento do
Oceanos 2022.
Curadoria e coordenação
Participam
da curadoria do Oceanos 2022 o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da
Universidade Eduardo Mondlane e presidente do Fundo Bibliográfico de Língua
Portuguesa, os jornalistas Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto,
do Brasil, e a pesquisadora Matilde Santos, de Cabo Verde, que também é
curadora da Biblioteca Nacional do país. A coordenação-geral fica a cargo da
gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.
Parcerias
O
Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da
Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da
Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa
(DGLAB); com o apoio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, do Itaú
Cultural (IC) e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo
Verde; e com o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
Semifinalistas
A
edição 2022 do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa classificou
65 obras semifinalistas. Concorreram autores de distintas nacionalidades: 45
escritores brasileiros, 12 portugueses, cinco moçambicanos, uma luso-angolana,
um angolano e um cabo-verdiano. Concorreram obras publicadas por 40 diferentes
editoras – 25 do Brasil, 11 de Portugal, três de Moçambique e um de Cabo Verde.
Quanto à diversidade de gêneros literários, foram selecionados 27 romances, 18
livros de poemas, 14 de contos, cinco de crônicas e uma dramaturgia.
Nesta
edição, oito autores semifinalistas foram publicados em mais de um país de
língua portuguesa – número mais representativo desse intercâmbio literário
entre todas as edições do prêmio. Editados no Brasil e em Portugal, concorreram
A pediatra, da brasileira Andréa Del Fuego (Companhia das Letras Brasil e
Portugal), As doenças do Brasil, do português Valter Hugo Mãe (Porto e
Biblioteca Azul), Atirar para o torto, da portuguesa Margarida Vale de Gato
(Tinta-da-china e Macondo), Mundo, da portuguesa Ana Luísa Amaral (Assírio
& Alvim Portugal e Brasil), Museu da revolução, do moçambicano João Paulo
Borges Coelho (Editorial Caminho e Kapulana), e Vista chinesa, da brasileira
Tatiana Salem Levy (Todavia e Elsinore).
O
caçador de elefantes invisíveis, do moçambicano Mia Couto, foi editado em
Moçambique e Portugal (Fundação Fernando Leite Couto e Editorial Caminho), e
Safras de um triste outono, do cabo-verdiano Arménio Vieira, foi publicado em
Cabo Verde e no Brasil (Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros).
Mundo,
da escritora portuguesa Ana Luísa Amaral, concorreu de maneira póstuma, uma vez
que o regulamento do prêmio admite a premiação de escritores que venham a
falecer após a inscrição do livro. Ana Luísa morreu em 5 de agosto.
Houve ainda sete autores estreantes entre os semifinalistas, todos brasileiros: Caetano Romão, com Um nome inteiro disposto à montaria (7Letras); Carol Braga, com Minha raiva com uma poesia que só piora (Urutau); Fábio Horácio-Castro, com O réptil melancólico (Record); Luciana Tiscoski, com Área de broca (Nave); Luiza de Carvalho Fariello, com Essa palavra eu não falo (Patuá); Marana Borges, com Mobiliário para uma fuga em março (Dublinense); e Vinícius Mahier, com Eu confundi um vaga-lume com um acidente de avião (Macondo).
Processo
Entre
maio e agosto deste ano, os 2452 livros inscritos foram lidos e avaliados por
um júri internacional composto de 122 escritores, poetas, professores e
críticos literários. Esse primeiro júri elegeu as 65 obras semifinalistas e
escolheu, por votação, os membros dos júris subsequentes (intermediário e
final).
Conheça
aqui
os jurados da primeira fase do Oceanos 2022.
Conheça os semifinalistas
do Oceanos 2022
- A gaivota ou a vida
em torno do lago, de Susana Fuentes | 7Letras – poesia brasileira
- A nota amarela,
de Gustavo Melo Czekster | Zouk – romance brasileiro
- A pediatra, de
Andréa Del Fuego | Companhia das Letras Brasil e Portugal – romance brasileiro
- Afastar-se (treze
contos sobre água), de Luísa Costa Gomes | D. Quixote – conto português
- Alguns dias violentos,
de Ismar Tirelli Neto | Macondo – poesia brasileira
- América – um
poema de amor, de Mariana Ianelli | Ardotempo – poesia brasileira
- Área de broca, de
Luciana Tiscoski | Nave – conto brasileiro
- As doenças do Brasil,
de Valter Hugo Mãe | Porto e Biblioteca Azul – romance português
- As formigas do
Tavinho e outras recordações, de Almiro Lobo | Alcance – conto moçambicano
- Atirar para o torto,
de Margarida Vale de Gato | Tinta-da-china e Macondo – poesia portuguesa
- Autobiografia não
autorizada, de Dulce Maria Cardoso | Tinta-da-china – crônica portuguesa
- Baixo esplendor,
de Marçal Aquino | Companhia das Letras – romance brasileiro
- Bicho geográfico,
de Bernardo Brayner | Cepe – romance brasileiro
- Clube dos niilistas,
de Tom Correia | Urutau – conto brasileiro
- De cada quinhentos
uma alma, de Ana Paula Maia | Companhia das Letras – romance brasileiro
- Degeneração, de
Fernando Bonassi | Record – romance brasileiro
- Deste silêncio em mim,
de Rui Conceição Silva | Visgarolho – romance português
- Deus pátria família,
de Hugo Gonçalves | Companhia das Letras Portugal – romance português
- Discurso sobre a
metástase, de André Sant’Anna | Todavia – conto brasileiro
- Elefantes no céu de
piedade, de Fernando Molica | Patuá – romance brasileiro
- Essa palavra eu não
falo, de Luiza de Carvalho Fariello | Patuá – conto brasileiro
- Eu confundi um
vaga-lume com um acidente de avião, de Vinícius Mahier | Macondo – poesia
brasileira
- Impressão sua, de
André Dahmer | Companhia das Letras – poesia brasileira
- Introdução à pintura
rupestre, de José Tolentino Mendonça | Assírio & Alvim – poesia
portuguesa
- Jerusalém de nós
– peça em um ato, de Leo Lama | É Realizações – dramaturgia brasileira
- Líbano, labirinto,
de Alexandra Lucas Coelho | Editorial Caminho – crônica portuguesa
- Máquina, de
Eleazar Venancio Carrias | Urutau – poesia brasileira
- Maremoto, de
Djaimilia Pereira de Almeida | Relógio D’Água – romance português
- Menino sem passado,
de Silviano Santiago | Companhia das Letras – romance brasileiro
- Minha raiva com uma
poesia que só piora, de Carol Braga | Urutau – poesia brasileira
- Mobiliário para uma
fuga em março, de Marana Borges | Dublinense – romance brasileiro
- Mundo, de Ana
Luísa Amaral | Assírio & Alvim Portugal e Brasil – poesia portuguesa
- Museu da revolução,
de João Paulo Borges Coelho | Editorial Caminho e Kapulana – romance
moçambicano
- Nós só compreendemos
muito depois, de Laís Araruna de Aquino | Corsário-Satã – poesia brasileira
- Notas sobre a
impermanência, de Paula Gicovate | Faria e Silva – romance brasileiro
- O caçador de
elefantes invisíveis, de Mia Couto | Fundação Fernando Leite Couto e
Editorial Caminho – conto moçambicano
- O canto dela, de
Ana Kiffer | Patuá – romance brasileiro
- O castiçal florentino,
de Paulo Henriques Britto | Companhia das Letras – conto brasileiro
- O deus das avencas,
de Daniel Galera | Companhia das Letras – conto brasileiro
- O drible da vaca,
de Mario Prata | Record – romance brasileiro
- O evangelho segundo
Madalena, de Marcelo Pagliosa | Reformatório – romance brasileiro
- O livro do homem
líquido, de Pedro Pereira Lopes | Gala-Gala Edições – conto moçambicano
- O livro dos pequenos
nãos, de Heloisa Seixas | Companhia das Letras – romance brasileiro
- O mais belo fim do
mundo, de José Eduardo Agualusa | Quetzal – crônica angolana
- O réptil melancólico,
de Fábio Horácio-Castro | Record – romance brasileiro
- O rinoceronte na
parede, de Frederico de Oliveira Toscano | Urutau – conto brasileiro
- O som do rugido da
onça, de Micheliny Verunschk | Companhia das Letras – romance brasileiro
- Purgatório, de
Pedro Eiras | Assírio & Alvim – poesia portuguesa
- Quarentena – uma
história de amor, de José Gardeazabal | Companhia das Letras Portugal –
romance português
- Quem tá vivo levanta
a mão, de Maria Fernanda Elias Maglio | Patuá – conto brasileiro
- Querida cidade,
de Antônio Torres | Record – romance brasileiro
- Resistências íntimas
e outros itinerários, de Lucilene Machado | Patuá – crônica brasileira
- Risque esta palavra,
de Ana Martins Marques | Companhia das Letras – poesia brasileira
- Safras de um triste
outono, de Arménio Vieira | Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros –
poesia cabo-verdiana
- Só as hienas matam
sorrindo, de Aramyz | Urutau – conto brasileiro
- Também guardamos
pedras aqui, de Luiza Romão | Nós – poesia brasileira
- Tornado, de
Teresa Noronha | Exclamação – romance moçambicano
- Transfer, de
Kevin Kraus | Editacuja – crônica brasileira
- Tristia, de
António Cabrita | Porto – poesia portuguesa
- Um nome inteiro
disposto à montaria, de Caetano Romão | 7Letras – poesia brasileira
- Uma exposição, de
Leda Magri | Relicário – romance brasileiro
- Vazão 10.8 – a última
gota de morfina, de Diógenes Moura | Vento Leste – romance brasileiro
- Vingar, de
Danielle Magalhães | 7Letras – poesia brasileira
- Virando o Ipiranga,
de Guilherme Purvin | Terra Redonda – conto brasileiro
- Vista chinesa, de
Tatiana Salem Levy | Todavia e Elsinore – romance brasileiro
Finalistas
O
Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2022 anunciou os dez livros
finalistas, que passam para a última etapa de avaliação. Integram a lista
diferentes gêneros literários – dois livros de contos, um de crônicas, um de
poesia e seis romances.
Os
dez finalistas contemplam três nacionalidades: quatro brasileiras – Micheliny
Verunschk, com O som do rugido da onça; Maria Fernanda Elias Maglio, com
Quem tá vivo levanta a mão; Ana Martins Marques, com Risque esta
palavra, e Tatiana Salem Levy, com Vista Chinesa –, três
moçambicanos – João Paulo Borges Coelho, com Museu da Revolução; Pedro
Pereira Lopes, com O livro do homem líquido, e Teresa Noronha, com Tornado
– e três portugueses – Alexandra Lucas Coelho, com Líbano, labirinto;
Djaimilia Pereira de Almeida, nascida em Angola, com Maremoto, e José
Gardeazabal, com Quarentena – Uma história de amor.
Júri intermediário
O
júri inicial – formado por 122 poetas, professores e críticos literários –
elegeu, pela plataforma digital que recebe os livros inscritos, os dois júris
subsequentes. Do júri intermediário, que selecionou as dez obras finalistas
entre as 65 semifinalistas, participaram Jeferson Tenório, Nina Rizzi, Paulo
Scott e Prisca Agustoni, do Brasil; João Luís Barreto Guimarães e José Riço
Direitinho, de Portugal; e Teresa Manjate, de Moçambique.
Júri final
Do
júri final, que lê e avalia os livros finalistas para escolher os três
vencedores, participam Cristhiano Aguiar, Guilherme Gontijo Flores, Joselia
Aguiar e Júlia de Carvalho Hansen, do Brasil; Artur Bernardo Minzo, de
Moçambique; e Ana Cristina Leonardo e Helena Vasconcelos, de Portugal.
O
conjunto dos livros foi publicado no Brasil, Moçambique e Portugal, e apenas
dois deles publicados em mais de um país: Museu da Revolução e Vista Chinesa –
ambos publicados no Brasil e em Portugal.
Eventos com escritores finalistas
Para
dar a conhecer as obras selecionadas nesta etapa, será realizado um ciclo de
conversas com os escritores finalistas no Brasil, em Moçambique e em Portugal.
Três
unidades da Livraria da Travessa – Pinheiros, em São Paulo; Leblon, no Rio de
Janeiro, e Lisboa, em Portugal –, recebem os escritores brasileiros e
portugueses entre a última semana de novembro e a primeira de dezembro. Em
Moçambique, a programação será em Maputo.
Anúncio dos vencedores
O
anúncio dos vencedores do Oceanos acontece pela primeira vez em um país de
língua portuguesa do continente africano. Uma comitiva do prêmio – formada pela
gestora cultural e coordenadora do Oceanos Selma Caetano, a jornalista e
curadora Isabel Lucas e o escritor Luís Cardoso, vencedor do Oceanos 2021 – vai
a Moçambique para assinar um Memorando de Entendimento com o Ministério da
Cultura e Turismo de Moçambique.
Nos
dias 8 e 9 de dezembro, o Oceanos realizará em Maputo uma programação literária
com escritores de Brasil, Moçambique e Portugal. Ainda no dia 9, às 13h do
Brasil, 17h de Portugal e 18h de Moçambique, os vencedores do Oceanos 2022
serão anunciados em cerimônia transmitida em tempo real pelo YouTube
do prêmio.
O
valor total do prêmio é de 250 mil reais – 120 mil para o primeiro colocado, 80
mil para o segundo e 50 mil para o terceiro. In “Oceanos
Prêmio” - Brasil
Conheça os finalistas do
Oceanos 2022
- Líbano, labirinto,
de Alexandra Lucas Coelho – Editorial Caminho – Crônica portuguesa
- Maremoto, de Djaimilia
Pereira de Almeida | Relógio D'Água – Romance português
- Museu da Revolução,
de João Paulo Borges Coelho | Editorial Caminho e Kapulana – Romance
moçambicano
- O livro do homem
líquido, de Pedro Pereira Lopes | Gala-Gala Edições – Conto moçambicano
- O som do rugido da
onça, de Micheliny Verunschk | Companhia das Letras – Romance brasileiro
- Quarentena – Uma
história de amor, de José Gardeazabal | Companhia das Letras Portugal |
Romance português
- Quem tá vivo levanta
a mão, de Maria Fernanda Elias Maglio | Patuá – Conto brasileiro
- Risque esta palavra,
de Ana Martins Marques | Companhia das Letras – Poesia brasileira
- Tornado, de
Teresa Noronha | Exclamação – Romance moçambicano
- Vista Chinesa, de
Tatiana Salem Levy | Todavia e Elsinore – Romance brasileiro
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