Ao
longo de novembro, Mês da Consciência Negra, o Museu da Língua Portuguesa,
instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado
de São Paulo, prepara uma série de atividades que jogam luz na influência das
línguas africanas no português falado no Brasil. O tema, já mostrado na
exposição principal em experiências como Palavras Cruzadas e Português do
Brasil, ganhará mais visibilidade por meio de saraus, performances teatrais e
visitas temáticas.
No
fim de semana do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a entrada para o
Museu será gratuita tanto no sábado (19/11) quanto no domingo (20/11). Em ambos
os dias, haverá visitas temáticas organizadas pelo Núcleo Educativo (uma sobre
as mulheres no samba, às 10h, e outra sobre as contribuições das línguas bantu
para o português do Brasil, às 13h). Acontecerá também a última edição do Sarau
Língua Afiada, comandado pelo ativista cultural Sérgio Vaz (dia 19, às 12h).
A
presença das mulheres, sobretudo das mulheres negras, na construção do samba é
fundamental para entender os processos de socialização e as influências deste
gênero musical na língua portuguesa. O Núcleo Educativo promove esta visita
pela exposição principal, destacando a presença de sambistas como Clementina de
Jesus em experiências como Português do Brasil. Os grupos de até 20 pessoas
para esta visita são formados 15 minutos antes de seu início, perto da
bilheteria, no Pátio A.
A
programação do Mês da Consciência Negra começou dia 5, com a campanha de
conscientização e prevenção de IST’s e HIV/Aids promovida pela House of Mamba
Negra, um coletivo interestadual de cultura ballroom, movimento criado por
pessoas trans negras e latinas nos EUA, igualmente na cena brasileira, para se
opor ao racismo e à LGBTfobia.
Construções
Negras na Cidade de São Paulo é o tema da visita pelo prédio da Estação da Luz,
sede do Museu, que o Núcleo Educativo preparou para o dia 12. O objetivo é
revelar a presença de profissionais negros na construção das edificações da
cidade, principalmente nos prédios do bairro da Luz. O tour teve início às 11h.
Uma
roda de conversa sobre a negritude e a identidade de gênero dentro da cultura
ballroom também foi uma das atrações do dia 12. A ação foi realizada pela House
of Mamba Negra, que falou sobre o pioneirismo de pessoas trans negras e latinas
em vários campos da sociedade brasileira. Para finalizar, integrantes do grupo
promoveram uma oficina aberta de técnica de desfile na passarela, no Saguão B.
No
dia 16, o poeta pernambucano Miró da Muribeca é homenageado em um sarau
promovido pelo Núcleo Educativo, a partir das 11h30, no Saguão B. O escritor,
morto em julho de 2022, também aparece na experiência Falares, da exposição
principal do Museu da Língua Portuguesa.
As
ações relacionadas ao Mês da Consciência Negra no Museu se encerram no dia 27,
às 15h, com a visita temática Arquitetura e História da São Paulo Negra, que
visa apresentar ao público a trajetória e o trabalho do arquiteto Tebas,
alcunha de Joaquim Pinto de Oliveira (1727-1811). Trata-se de um dos
responsáveis por edificações como a Igreja da Ordem Terceira do Carmo e o
Chafariz da Misericórdia, ambas localizadas na cidade de São Paulo. In “Mundo
Lusíada” - Brasil
SERVIÇO
Museu
da Língua Portuguesa
Praça
da Luz s/n – Luz – São Paulo
De
terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até as 18h)
Nos
feriados dos dias 15 (Proclamação da República) e 20 de novembro (Dia da
Consciência Negra): horário normal;
No
dia 24 (dia do primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo): horário reduzido, até
as 12h30 (permanência até as 14h)
R$
20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Grátis
aos sábados (e também em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra)
Crianças
até 7 anos não pagam
Venda
de ingressos na bilheteria ou pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203
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