Uma das Casas-Museu da Taipa vai servir para albergar um restaurante “que promova a cultura portuguesa com características próprias de Macau” e que sirva “alimentos e bebidas gourmet macaenses”. A ideia foi anunciada ontem pelo Instituto Cultural, através da abertura de um concurso público. O espaço, que deverá também servir para exposições e workshops, será arrendado por um período de quatro anos
O
Instituto Cultural (IC) pretende aproveitar uma das Casas-Museu da Taipa para
abrir um restaurante que promova a cultura portuguesa com características
próprias de Macau. Para isso, o organismo abriu um concurso público. De acordo
com a informação publicada ontem em Boletim Oficial, o prazo do arrendamento do
espaço será de quatro anos.
Em
concreto o objectivo do concurso é a adjudicação, por arrendamento, do nº 1 da
Avenida da Praia na Taipa, para a “abertura e exploração de um restaurante que
promova a cultura portuguesa com características próprias de Macau e que possua
elementos do património cultural intangível de Macau, através de fornecimento
de alimentos e bebidas gourmet macaenses, em conjugação com o ambiente
envolvente das Casas da Taipa”. Além disso, o espaço deve também ser utilizado
para “vendas, exposições, actividades experimentais, workshops, entre outros”.
Segundo
o anúncio, assinado pela presidente do organismo, Leong Wai Man, as propostas
devem ser entregues no edifício do IC, no Tap Seac, até às 17h00 de 30 de
Dezembro. No dia 15 de Novembro, realizar-se-á uma visita ao espaço que será
arrendado, pelas 15h30, sendo que os interessados devem contactar o IC para
inscrição até às 17h00 do dia 14.
Os
candidatos têm de entregar uma caução provisória de 20 mil patacas e uma caução
definitiva de 40 mil patacas. A renda base ainda não está definida. Além disso,
os concorrentes devem estar inscritos nos Serviços de Finanças e na
Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Imóveis. Se o concorrente for
empresário em nome individual, deve ser residente na RAEM; no caso de
sociedades comerciais, o capital social deve ser detido numa percentagem
superior a 50% por residentes da RAEM, não sendo admitida a participação de
consórcio.
Segundo
o IC, os critérios de apreciação incluem a renda (40%), o plano de negócios
(35%), o projecto de planeamento do interior (10%) e a experiência do
concorrente (15%).
As
Casas-Museu da Taipa foram construídas em 1921, tendo servido, em tempos, como
residências de funcionários públicos de categorias superiores, nomeadamente às
famílias macaenses, segundo o IC. Em 1992, foram reconhecidas como um complexo
edificado de valor arquitectónico. Mais tarde, o Governo decidiu renovar as
casas completamente e transformá-las num sítio museológico, que abriu ao
público em finais de 1999 como as Casas-Museu.
“Aclamado
como um dos oito sítios de topo de Macau, as Casas da Taipa representam o
encanto do estilo arquitectónico português na Taipa. As residências portuguesas
ao longo da Avenida da Praia, em conjunto com a vizinha Igreja de Nossa Senhora
do Carmo e jardim, abrangem uma paisagem pitoresca na qual as cinco casas
verdes sobressaem como mais representativas”, pode ler-se na página do
organismo. Catarina Pereira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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