O maestro finlandês, detentor de uma relevante carreira internacional, vai assumir o cargo a partir da temporada 2023-2024
Atual
Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia, Hannu Lintu
(n.1967) tem-se apresentado regularmente na Gulbenkian Música nos últimos anos,
dirigindo a Orquestra Gulbenkian em cerca de duas dezenas de concertos, com o
aplauso geral do público e da crítica. Esta temporada esteve à frente da
Orquestra na estreia em Portugal do Concerto para Piano e Orquestra de Thomas
Adès, num programa que incluiu A Canção da Terra de Gustav Mahler. Em maio do
próximo ano voltará a apresentar-se com a Orquestra Gulbenkian num programa
dedicado a Dmitri Chostakovitch.
Risto
Nieminen, diretor da Gulbenkian Música, afirma tratar-se de “um maestro de
grande nível que estabeleceu uma relação de grande cumplicidade com a Orquestra
Gulbenkian, desde que se estreou no Grande Auditório da Fundação em março de
2016. As atuações da Orquestra sob a batuta de Hannu Lintu atingiram um grande
brilhantismo pelo que estou certo de que esta contratação dará início a um novo
ciclo entusiasmante e promissor”.
Sobre
a sua nomeação, Hannu Lintu afirma: “Tenho trabalhado e atuado com a Orquestra
Gulbenkian há já vários anos e cada concerto tem constituído uma imensa
alegria. A atmosfera e a concentração são admiráveis e a música produzida é
sempre gratificante. O Grande Auditório, e a Fundação Calouste Gulbenkian como
um todo, oferecem um contexto único e inspirador para a música e para a arte.
Aguardo com expectativa muitas temporadas repletas de momentos altos com os
maravilhosos Coro e Orquestra Gulbenkian”.
Hannu
Lintu assumiu o cargo de Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da
Finlândia após ter cumprido oito anos como Maestro Principal da Orquestra
Sinfónica da Rádio Finlandesa.
Com
a Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia tem-se destacado no reportório
operático, dirigindo produções de Tristão e Isolda de Wagner em 2016, Kullervo
de Sibelius em 2017, Wozzeck de Berg em 2019 e Ariadne auf Naxos de Richard
Strauss em 2020. Na temporada passada somou novos sucessos com as óperas Salomé
de R. Strauss e Billy Budd de Britten e esta temporada está a dirigir o ciclo O
Anel do Nibelungo de Richard Wagner.
No
que toca à sua agenda internacional, Hannu Lintu vai estrear-se, esta
temporada, a dirigir a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e a Sinfónica de
Atlanta, tendo também concertos previstos com a Sinfónica de St. Louis, a
Sinfónica da BBC, a Filarmónica da Rádio Neerlandesa, a Sinfónica da Rádio
Sueca, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Orquestra de Câmara de Lausanne
e a Sinfónica de Montreal.
Hannu
Lintu realizou várias gravações para as editoras Ondine, Bis, Naxos, Avie e
Hyperion e recebeu vários prémios, incluindo dois ICMA para os Concertos para
Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff (2019), e para a gravação de
obras de Sibelius, com Anne Sofie von Otter (2018). Em 2021 foram nomeadas para
os Grammy, na categoria “Melhor Performance Orquestral”, as Sinfonias n.º 2 e
n.º 3 de Lutosławski. Em 2011 foi também nomeada para um Grammy, na categoria
de “Melhor CD de Ópera”, a gravação de Kaivos, de Einojuhani Rautavaara. As
gravações da Sinfonia n.º 2 de George Enescu, com a Filarmónica de Tampere, e
dos Concertos para Violino de J. Sibelius e de T. Adès, com Augustin Hadelich e
a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, foram nomeadas para os prémios
Gramophone.
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