Lisboa
– A obra “Prizenti pa Álma”, do cabo-verdiano Adelino Barros, com edição da
Rosa de Porcelana Editora e US Edições, foi hoje apresentada, em Lisboa,
segundo o autor, com abordagem de “questões universais”.
A
apresentação, conduzida por José Luís Vaz, aconteceu nas instalações na
Associação Cabo-verdiana de Lisboa (ACV) e o autor disse que o livro fala da
“importância do próprio desenvolvimento humano” para o “despertar de
consciência”, para além de ter “muita espiritualidade”, porque fala do domínio
de emoções.
“É
um livro que aborda questões universais, com base claro, no amor, como sendo
aquele que nos move para alcançarmos coisas positivas e boas nas nossas vidas
(…). Aborda racismo, aborda a guerra, a paz, o relacionamento com o próximo e
nós mesmos, retrata questões que nos trazem reflexões para que ganhemos
ferramentas e saber lidar com situações do dia-a-dia de forma diferente”,
explicou à Inforpress, Adelino Barros.
Segundo
o autor, é uma obra que “busca trazer clareza para formas de pensamento e que
às vezes limita” o próprio desenvolvimento e sucesso das pessoas no
relacionamento, tanto amoroso, como profissional, familiar e de amizade.
“Fala
sobre formas diferentes de sabermos lidar com situações que contraria a nossa
própria vontade e que acaba por entrar em choque com o nosso ideal”, frisou,
acrescentando que nem sempre as coisas acontecem como se quer, mas que é
preciso “manter-se firme e positivo”.
Para
Adelino Barros, a obra “Prizenti pa Álma” tem esse nome, porque mais do que a
própria poesia em si, “traz reflexões para elevação e autodesenvolvimento”, ou
seja, quem realmente entender a mensagem do livro, não tomando como a “beleza
da poesia”, pode “acrescentar valores importantes sobre a vida da pessoa”.
“A
ideia de escrever sobre todos esses assuntos, é por causa da inquietação que
vai na nossa alma, aquele querer dar o melhor de nós para que realmente
consigamos ajudar o próximo que começa com nós mesmos”, disse o autor, frisando
que ele próprio passou toda a vida a tentar encontrar formas para ajudar os
outros, mas que nunca achou suficiente.
Por
outro lado, Adelino Barros esclareceu que um dos propósitos que o levou a optar
pela poesia, foi trazer o seu contributo para a língua materna cabo-verdiana e para
a oficialização do crioulo, porque “não basta só oficializar”, é preciso ter
materiais para o ensino, como por exemplo a literatura cabo-verdiana.
Em
relação ao lançamento em Cabo Verde, o autor afirmou que a ideia é no início de
2023 agendar uma data para esse lançamento, talvez logo no primeiro trimestre.
Adelino
Barros, a residir actualmente em Portugal, é natural de Achada Baleia, concelho
de São Domingos, ilha de Santiago, mas foi criado em Achada Grande, na Cidade
da Praia, tendo trabalhado por vários anos como comissário de bordo dos TACV e
estudado Filosofia na Universidade de Cabo Verde.
Nos
últimos tempos, tem exercido como mentor na inteligência emocional, fazendo workshops
e palestras em vários lugares, como em Cabo Verde e Portugal, e pretende
publicar obras sobre auto-ajuda, sendo que o segundo livro de poesia em crioulo
já está pronto. In “Inforpress” – Cabo Verde
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