O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi recebido calorosamente na COP27 hoje.
Centenas
de pessoas reuniram-se para vê-lo chegar a um evento paralelo no início da
quarta-feira, com multidões gritando o seu nome.
No
final do dia, Lula da Silva discursou para uma sala lotada na conferência do
clima da ONU.
Lula
disse que "o Brasil está mais uma vez pronto para unir esforços para
construir um planeta mais saudável", referindo-se à recente eleição como
"uma das mais decisivas da história".
Lula
criticou os líderes mundiais por ignorarem os alertas sobre a alteração
climática e gastarem "trilhões de dólares" em guerras "que só
resultam em destruição e morte".
A promessa de Lula de acabar com o desmatamento na
floresta amazónica
Após
a sua vitória eleitoral, Lula comprometeu-se a reduzir a zero o desmatamento na
Amazónia. Ele mais uma vez levantou esta promessa na COP27.
“Não
há segurança climática para o mundo sem uma Amazónia protegida”, disse ele,
acrescentando que o Brasil fará “o que for preciso para ter zero desmatamento e
degradação das nossas biomassas”.
Anunciou
que o combate às alterações climáticas terá prioridade máxima no seu governo,
principalmente o combate ao desmatamento.
Lula
afirmou que o crime ambiental cresceu de forma "assustadora" no
governo anterior e disse que fortalecerá os órgãos para punir atividades
ilegais, incluindo garimpo, extração de madeira e agricultura.
O
presidente eleito também anunciou que o Brasil criará um ministério dos povos
indígenas para que os mais afetados por essas questões "tenham voz
própria".
O que mais Lula disse na COP27?
Lula
fez duas propostas durante seu discurso na COP27. A primeira foi que os países
amazónicos se unem para olhar o desenvolvimento da região de forma integrada.
Ele
está à procura de uma aliança mundial para a segurança alimentar e a redução da
desigualdade. Em primeiro lugar na lista estão países como a Indonésia e a
República Democrática do Congo que, junto com o Brasil, possuem mais da metade
das florestas tropicais primárias do mundo.
A
outra era que a COP30 em 2025 fosse sediada no Brasil - particularmente na
região amazónica. Ele espera que isso ajude as pessoas a realmente entender a
importância desta parte do mundo.
Quando
o Brasil presidir a reunião do G20 em 2024, o clima estará no topo da agenda.
Promessas de US$ 100 mil milhões em financiamento climático também foram
examinadas com Lula dizendo que as nações ricas devem cumprir as suas promessas
da COP15 em Copenhague.
Tocando
em outro tópico quente na conferência climática da ONU deste ano, ele pediu
progresso num fundo para perdas e danos, dizendo que "não podemos adiar
este debate... é hora de agir". In “Euronews.green”
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