A petição lançada esta semana pela associação de professores de português em França já conta com 3300 assinaturas e visa pedir ao Presidente Emmanuel Macron mais professores para que os alunos possam continuar a aprender a língua de Camões
“É
uma petição para desenvolver o ensino do português no sistema de ensino francês.
Infelizmente, há falta de professores, há escolas a fechar e temos de apoiar o
ensino do português em França. É preciso que se recrutem mais professores e que
abram mais turmas”, alertou António Oliveira, secretário-geral da Adepba, em
declarações à agência Lusa.
A Adepba
(Associação para o Desenvolvimento de Estudos Portugueses, Brasileiros e África
e Ásia lusófonos) agrupa muitos professores de português em França. Apenas
alguns dias depois do seu lançamento numa plataforma de petições virtual, a
petição “Sauvegarde de
l’enseignement de la langue portugaise dans le système éducatif français”
já tem 3300 assinaturas.
António
Oliveira mostra-se também descontente com a falta de coerência do ensino da
língua portuguesa em França.
“Há
uma incoerência total em França com muitos alunos que estudam português na
primária e depois não têm seguimento no básico e secundário”, indicou.
Os
professores do ensino primário são destacados para França pelo Camões – Instituto
da Cooperação e da Língua, perfazendo mais de 90 professores no território
gaulês, num acordo assinado há vários anos pelos dois países, ficando para os
franceses o ensino básico e secundário. No entanto, esta associação considera
que não há professores suficientes no ensino básico e informático.
“O
problema é que há uma perda enorme de alunos da escola primária para o ensino
básico. Tem de haver mais aulas, para isso é preciso professores e era preciso
uma petição”, indicou António Oliveira.
A
Adepba espera agora obter 5000 assinaturas nos próximos dias e vai pedir uma
reunião com o novo ministro da Educação, Pap Ndiaye, de forma a debater este
problema. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
Sem comentários:
Enviar um comentário