Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 25 de junho de 2022

Suécia - Potencial tratamento da diabetes regenera as células produtoras de insulina

Uma possível forma de tratar a diabetes é reparar ou substituir as células do corpo que produzem naturalmente insulina


Investigadores suecos identificaram agora uma molécula que ajuda a estimular o crescimento de novas células produtoras de insulina, e descobriram como funciona, abrindo a possibilidade de novos tratamentos para a diabetes.

A diabetes é caracterizada por problemas com insulina, a hormona que regula os níveis de glicose no sangue e permite que as células do corpo tenham acesso a ela através de energia.

Na diabetes tipo 1, as células beta do pâncreas, que normalmente produzem insulina, não conseguem produzir o suficiente para satisfazer as necessidades do organismo — muitas vezes porque foram destruídas pelo sistema imunitário.

O único tratamento eficaz, atualmente, depende da administração periódica de injeções de insulina para manter os seus níveis normais no organismo.

Um novo estudo, publicado a 13 de junho na Nature Chemical Biology, procura agora formas de repor a produção de insulina dessas células beta.

Os avanços anteriores incluíram a criação de células beta artificiais, capazes de preencher a sua falta, ou a utilização de células estaminais para cultivar novas células.

No novo estudo, investigadores do Instituto Karolinska, na Suécia, examinaram uma pequena molécula que pode ajudar a regenerar as células beta.




A molécula, chamada CID661578, foi identificada em investigações anteriores, mas ainda não tinha sido descoberta a forma como atuava, explica a New Atlas.

Para descobrir, a equipa examinou as suas interações moleculares em células de levedura, e descobriu que se liga a uma proteína chamada MNK2.

Ao fazê-lo, permite que duas outras proteínas interajam a níveis mais elevados, o que acaba por levar a uma maior regeneração das células beta.

A equipa testou a sua molécula, e descobriu que esta baixava os níveis de glucose no sangue quando comparada com um grupo de controlo.

Nas células do pâncreas de porco cultivadas em laboratório, a molécula demonstrou desencadear a formação de novas células beta, enquanto os organóides do pâncreas humano, com a molécula, produziam mais insulina.

“Os nossos resultados indicam um novo alvo potencial para o tratamento da diabetes, na medida em que demonstramos uma forma possível de estimular a formação de novas células produtoras de insulina”, explica Olov Andersson, autor do estudo.

“Vamos agora estudar o efeito desta e de moléculas semelhantes em tecido humano e analisar a proteína-alvo da molécula, MNK2, em tecido de dadores saudáveis e dadores com diabetes”, conclui Andersson. In “Zap.aeiou” - Portugal


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