O Instituto Cultural lançou uma plataforma digital sobre os quatro canhões antigos descobertos nos últimos anos, para divulgar as respectivas informações históricas
Os
quatro canhões descobertos em 2020 e 2021 em estaleiros de construção na
Península e no COTAI já podem ser vistos online aqui,
numa exposição promovida pelo Instituto Cultural (IC). Os canhões estão sob a
protecção e gestão do Museu de Macau, e continuam a ser alvo de trabalhos de
análise e restauro encomendados ao Instituto de Investigação Social e Cultural
e ao Laboratório de Conservação do Património da Faculdade de Humanidades e
Artes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (UCTM).
Na
plataforma digital são exibidos modelos 3D dos canhões e divulgados os
resultados de análise e o progresso do trabalho de restauro. Devido ao avançado
grau de deterioração dos canhões, uma vez que estiveram enterrados durante
muito tempo, os trabalhos de restauro deverão demorar vários anos, pelo que, a
curto prazo, não poderão ser fisicamente expostos, explicou o IC.
Com
a ajuda do modelo 3D e de informações textuais e gráficas, a exposição online
divulga de “forma minuciosa” os materiais, a forma, as características e os
anos de proveniência dos canhões. O IC pretende assim promover o reforço do
conhecimento do público sobre as descobertas arqueológicas de Macau e a sua
respectiva história e proporcionar referências aos investigadores.
O
organismo considera que estas descobertas vieram “enriquecer” a variedade de
canhões antigos em Macau, pois os locais onde foram encontrados contribuem para
ter “uma noção mais completa” sobre a disposição dessas peças de artilharia no
território. No fundo, sublinha, servem de “provas vivas que validam o papel da
área marítima da Taipa e Coloane” como “importante ponto da rota comercial
entre a China e o Ocidente e um local de atracagem e reparação das embarcações
vindas do estrangeiro”.
“Além
disso, a nova descoberta revela ter igualmente um valor fundamental, enquanto
referência histórica, para investigações sobre o passado militar, da defesa
costeira e comercial de Macau”, destacou ainda o IC.
O
público terá ainda a oportunidade de conhecer melhor os canhões antigos durante
visitas guiadas à Fortaleza do Monte, nos próximos dias 11 (14:00 e 16:00) e 12
(11:00 e 15:00), no âmbito do “Carnaval do Dia do Património Cultural e Natural
da China”. As visitas serão conduzidas por um guia profissional do Museu de
Macau, que apresentará a história de canhões no território desde 1622 e as
semelhanças e diferenças entre os que foram desenterrados e os existentes na
Fortaleza do Monte. Os interessados podem usar o “Sistema de Inscrição em
Actividades” (www.icm.gov.mo/eform/event), sendo o número de vagas limitado à
disponibilidade. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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