Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Macau - Casa da literatura deve abrir no terceiro trimestre

A Casa da Literatura deverá abrir portas ao público no terceiro trimestre deste ano, adiantou ontem a presidente do Instituto Cultural. Leong Wai Man revelou ainda que até ao final do ano deverá avançar o plano de financiamento para a revitalização das moradias de Mong Há


A presidente do Instituto Cultural (IC) adiantou ontem que a Casa da Literatura, que funcionará no edifício adjacente à Academia Jao Tsung-I, deverá abrir no terceiro trimestre deste ano. Após a reunião plenária do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural, presidida pela Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Leong Wai Man explicou que, como o espaço não é muito grande, será utilizado para apresentar e exibir obras de autores conhecidos chineses e portugueses, escritores modernos e contemporâneos, bem como revistas literárias de Macau.

Segundo Leong Wai Man, além da sala de exposição, a Casa da Literatura vai acolher uma de leitura e uma multifuncional. A líder do IC disse esperar que este espaço se torne num centro de literatura e num espaço criativo com funções de colecção, exibição, intercâmbio e investigação.

A abertura da Casa da Literatura já se arrasta há vários anos. Em 2019, o IC adiantou à Tribuna de Macau que o espaço só deveria abrir portas ao público em 2020, o que não aconteceu.

Por outro lado, após a reunião de ontem, Leong Wai Man disse ainda que o Conselho Consultivo para o Desenvolvimento Cultural vai criar três grupos exclusivos subordinados para fazer estudos e planeamento para o desenvolvimento das indústrias culturais, actividades e projectos culturais, bem como para o aproveitamento e exploração dos recursos culturais. Os resultados das investigações destes grupos servirão de referência para o Conselho e para o próprio Governo.

Revitalização em Mong Há e Oficinas Navais

Por outro lado, Leong Wai Man previu que, até ao final deste ano, vai ser lançado o plano de financiamento para a revitalização das vivendas de Mong Há. Na reunião que decorreu ontem foi apresentado o plano de revitalização das 10 moradias na Avenida Coronel Mesquita. A presidente do IC explicou que a ideia é que três vivendas sirvam para destacar elementos artísticos e culturais, enquanto as restantes sete vão ter funções de restauração ou venda a retalho, uma ideia que partiu dos próprios proprietários.

A líder do IC disse ainda que não quer estabelecer demasiadas restrições às funções dos imóveis, mas sublinhou que é preciso garantir que com a revitalização o conjunto de moradias possa destacar os seus valores históricos. Segundo referiu, até ao final do ano devem também abrir as candidaturas para arrendamento dos espaços.

Além disso, indicou que as Oficinas Navais também são adequadas para este plano de revitalização, porque têm condições semelhantes às das vivendas de Mong Há. Nas suas palavras, também têm “um nível de integridade muito bom para reparação e revitalização”, considerando por isso que há condições para que sejam transformadas noutro espaço de revitalização. No segundo semestre, o IC vai optimizar os espaços ao ar livre das Oficinas Navais.

Neste âmbito, um vogal do Conselho sugeriu ao Governo que relaxe os requisitos de operação no processo de revitalização das construções históricas para os sectores terem mais espaço de desenvolvimento. Mostrando-se favorável à ideia de revitalização das Oficinas Navais, propôs a introdução de artistas de rua junto àquela área.

IC confiante na reparação das Muralhas

A presidente do Instituto Cultural (IC) disse ontem que uma pequena parte do troço das Antigas Muralhas da Cidade, próximo da Estrada de São Francisco, se encontra em estado instável. Neste sentido, o organismo continuará a realizar reuniões com o departamento de Obras Públicas, esperando poder avançar com os trabalhos de consolidação e reparação das partes das muralhas que ainda sobraram após o recente colapso, devido a um deslizamento de terras. Leong Wai Man disse também que o IC está confiante em conseguir reparar as muralhas, mas o restauro só pode ser desenvolvido após as obras de consolidação, pelo que ainda não há um calendário. Questionada sobre a situação das outras muralhas da cidade, afirmou que o Governo está a monitorizá-las, incluindo as que estão junto ao Teatro D. Pedro V. Catarina Pereira e Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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