A Casa da Literatura deverá abrir portas ao público no terceiro trimestre deste ano, adiantou ontem a presidente do Instituto Cultural. Leong Wai Man revelou ainda que até ao final do ano deverá avançar o plano de financiamento para a revitalização das moradias de Mong Há
A
presidente do Instituto Cultural (IC) adiantou ontem que a Casa da Literatura,
que funcionará no edifício adjacente à Academia Jao Tsung-I, deverá abrir no
terceiro trimestre deste ano. Após a reunião plenária do Conselho Consultivo
para o Desenvolvimento Cultural, presidida pela Secretária para os Assuntos
Sociais e Cultura, Leong Wai Man explicou que, como o espaço não é muito
grande, será utilizado para apresentar e exibir obras de autores conhecidos
chineses e portugueses, escritores modernos e contemporâneos, bem como revistas
literárias de Macau.
Segundo
Leong Wai Man, além da sala de exposição, a Casa da Literatura vai acolher uma
de leitura e uma multifuncional. A líder do IC disse esperar que este espaço se
torne num centro de literatura e num espaço criativo com funções de colecção,
exibição, intercâmbio e investigação.
A
abertura da Casa da Literatura já se arrasta há vários anos. Em 2019, o IC
adiantou à Tribuna de Macau que o espaço só deveria abrir portas ao público em
2020, o que não aconteceu.
Por
outro lado, após a reunião de ontem, Leong Wai Man disse ainda que o Conselho
Consultivo para o Desenvolvimento Cultural vai criar três grupos exclusivos
subordinados para fazer estudos e planeamento para o desenvolvimento das
indústrias culturais, actividades e projectos culturais, bem como para o
aproveitamento e exploração dos recursos culturais. Os resultados das
investigações destes grupos servirão de referência para o Conselho e para o
próprio Governo.
Revitalização em Mong Há e Oficinas Navais
Por
outro lado, Leong Wai Man previu que, até ao final deste ano, vai ser lançado o
plano de financiamento para a revitalização das vivendas de Mong Há. Na reunião
que decorreu ontem foi apresentado o plano de revitalização das 10 moradias na
Avenida Coronel Mesquita. A presidente do IC explicou que a ideia é que três
vivendas sirvam para destacar elementos artísticos e culturais, enquanto as
restantes sete vão ter funções de restauração ou venda a retalho, uma ideia que
partiu dos próprios proprietários.
A
líder do IC disse ainda que não quer estabelecer demasiadas restrições às
funções dos imóveis, mas sublinhou que é preciso garantir que com a
revitalização o conjunto de moradias possa destacar os seus valores históricos.
Segundo referiu, até ao final do ano devem também abrir as candidaturas para
arrendamento dos espaços.
Além
disso, indicou que as Oficinas Navais também são adequadas para este plano de
revitalização, porque têm condições semelhantes às das vivendas de Mong Há. Nas
suas palavras, também têm “um nível de integridade muito bom para reparação e
revitalização”, considerando por isso que há condições para que sejam
transformadas noutro espaço de revitalização. No segundo semestre, o IC vai
optimizar os espaços ao ar livre das Oficinas Navais.
Neste
âmbito, um vogal do Conselho sugeriu ao Governo que relaxe os requisitos de
operação no processo de revitalização das construções históricas para os
sectores terem mais espaço de desenvolvimento. Mostrando-se favorável à ideia
de revitalização das Oficinas Navais, propôs a introdução de artistas de rua
junto àquela área.
IC confiante na reparação das Muralhas
A
presidente do Instituto Cultural (IC) disse ontem que uma pequena parte do
troço das Antigas Muralhas da Cidade, próximo da Estrada de São Francisco, se
encontra em estado instável. Neste sentido, o organismo continuará a realizar
reuniões com o departamento de Obras Públicas, esperando poder avançar com os
trabalhos de consolidação e reparação das partes das muralhas que ainda
sobraram após o recente colapso, devido a um deslizamento de terras. Leong Wai
Man disse também que o IC está confiante em conseguir reparar as muralhas, mas
o restauro só pode ser desenvolvido após as obras de consolidação, pelo que
ainda não há um calendário. Questionada sobre a situação das outras muralhas da
cidade, afirmou que o Governo está a monitorizá-las, incluindo as que estão
junto ao Teatro D. Pedro V. Catarina Pereira e Rima Cui – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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