A
Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, vai
promover, de 07 a 10 de Julho, a Recriação Histórica da Batalha de Castelo
Rodrigo, que foi travada em 1664. Segundo a autarquia, dada a “relevância
histórica e cultural” da batalha que foi travada em 07 de Julho de 1664, serão
realizadas diversas iniciativas ao longo dos quatro dias do evento.
O
programa evocativo da efeméride inclui a recriação da batalha final na aldeia
de Mata de Lobos, cortejos pelas ruas da Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo,
espectáculos com músicas e danças seiscentistas e o milagre de Nossa Senhora de
Aguiar, entre outras iniciativas.
A
batalha de Castelo Rodrigo foi “uma das mais importantes batalhas da Guerra da
Restauração da Independência” e opôs “os militares lusitanos, comandada por Pedro Jacques
de Magalhães, às forças espanholas, culminando com uma importante vitória
portuguesa”, lembra a Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo em comunicado hoje
divulgado.
O
presidente do município, Carlos Condesso, citado na nota, refere que o
objectivo da recriação histórica “passa por oferecer à população e visitantes a
possibilidade de regressarem ao passado, revivendo da forma mais genuína a
grandeza e a importância desta batalha a nível nacional”.
Carlos
Condesso refere, ainda, que a celebração quer “envolver os cidadãos nas
diversas actividades, como participantes ou espectadores, aproveitando os
cenários idílicos de Castelo Rodrigo e Mata de Lobos” para homenagear os
antepassados e “esta importantíssima vitória que ajudou a definir o futuro de
Portugal”.
Com
a finalidade de “retratar autenticamente o ambiente vivido naquele conturbado
período seiscentista”, a autarquia tem abertas as inscrições, até ao dia 24 de
Junho, para todas as associações, mercadores, artífices, artesãos ou outros
artistas que queiram participar na comemoração.
Ataque pela Beira
A
Guerra da Restauração desenvolveu-se quase completamente no Alentejo onde se
registaram importantes embates como a Batalha das Linhas de Elvas, a Batalha do
Ameixial e a Montes Claros.
Mal
sucedidos no Alentejo, e desejosos de vingar o saque da vila espanhola de
Sobradillo pelas forças portuguesas sob o comando de Pedro Jacques de
Magalhães, uma força espanhola de 5.000 homens sob o comando do duque de
Ossuna, forçou a sua entrada em território português pela fronteira da Beira,
tendo imposto cerco à vila de Castelo Rodrigo.
Na
ocasião, o Castelo de Castelo Rodrigo encontrava-se guarnecido, , por uma
pequena guarnição de apenas 150 homens. Avisado, Pedro Jacques de Magalhães
reuniu à pressa o maior número de forças portuguesas disponíveis e acorreu em
defesa de Castelo Rodrigo, mesmo assim em menor número que os atacantes.
A
batalha final desferiu-se a 7 de Julho de 1664, no lugar da Salgadela,
freguesia da Mata de Lobos, no termo do concelho (donde o nome alternativo por
que é conhecida – batalha da Salgadela) e onde consta um padrão comemorativo.
Repelido
o primeiro assalto, o comandante português, aproveitando o cansaço das tropas
espanholas, contra-atacou, obrigando as forças espanholas à retirada.
A
tradição local afirma que o duque de Ossuna e o próprio D. João de Áustria
conseguiram escapar com vida disfarçados de frades, mas valiosos despojos
permaneceram em mãos portuguesas, incluindo o arquivo do duque de Ossuna, com
documentos do maior interesse histórico. In “Jornal
Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
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