Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Guiné-Bissau - Director Executivo da ONG Tiniguena enaltece engajamento de Augusta Henriques na educação ambiental para cidadania

Bissau – O Director Executivo da ONG Tiniguena disse na passada sexta-feira que o maior legado deixado pela fundadora da organização, Augusta Henrique é o engajamento na educação ambiental para cidadania e na formação de homens e mulheres da nova geração da organização.

Miguel de Barros falava numa conferência alusiva às celebrações do 31º aniversario da Tiniguena, que se assinalou no dia 05 de Maio, sob o lema “Contribuições e Legado de Augusta Henriques, na Conservação e Valorização do Património Natural e Cultural na Guiné-Bissau”, em jeito da sua homenagem.

Durante os três dias da conferência, foram abordados vários temas relacionados com o percurso de Augusta Henriques, nomeadamente a sua Dimensão Associativa, a apresentada por Isabel Almeida, tendo como orador, Abilio Rachid Said, e a Dimensão Educativa para a cidadania Ativa, por Miguel de Barros.

O Director Executivo da Tiniguena disse que o maior investimento feita pela Augusta Henriques é a aposta na formação de homens e mulheres que acreditam que a Guiné-Bissau é um espaço de promoção e de transformações.

Afirmou que Augusta faz parte de uma geração que não só acredita na educação para transformação do país, mas também como um fundamento para a independência.

“A intervenção da Tiniguena junto das comunidades vem de um processo do primeiro contacto da Augusta com o país como pedagoga, baseada na aprendizagem local. Como aprender com os povos, através da conservação dos seus patrimónios culturais e a possibilidade de integrar estes patrimónios como elementos de aprendizagem.

A título de exemplo, Miguel de Barros apontou as brigadas de alfabetização de adultos, que proporcionaram uma combinação da escola enquanto motor da transformação social.

“Ou seja, quem está no foco da educação é a comunidade e ela é que deve encontrar matrizes como elementos utilitários para aprender sobre a produção económica, cultural e no currículo escolar”, salientou Barros, acrescentando que esta filosofia tem influenciado a política do Estado em termos de intervenção.

Segundo Miguel de Barros, a educação popular, na perspectiva da Augusta Henriques, era, simultaneamente, o meio de valorização do património assim como o instrumento da construção da capacidade de ação.

Acrescentou que, para Augusta, o processo educativo não só partiu da dinâmica dos que estão dentro das salas de aulas, mas também dos movimentos populares.

A título de exemplo, Miguel de Barros apontou o Fórum das Mulheres de Orock, no Arquipélago de Bijagós, enquanto proposta de ação cívica pública tendo em vista o processo de governação nas áreas protegidas.

Acrescentou que esse fórum constitui um processo de educação alternativo, de empoderamento cívico, a partir de um modelo de desenvolvimento comunitário, através do qual as pessoas que já estão fora do sistema terão possibilidades de capacitação.

Isabel Almeida enalteceu o papel desempenhado pela Augusta Henriques no reforço das capacidades das mulheres na promoção do desenvolvimento, assim como na promoção da imagem positiva do país ao nível interno e externo.

Lamentou o facto das suas experiências, em termos de governo inclusivo, não foram aproveitadas pelos governos no seu todo. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

 

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