Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Madeira - Quer usar Macau como “ponte” asiática

A Invest Madeira acredita que Macau tem potencial para funcionar como plataforma de negócios entre a Região Autónoma portuguesa e os mercados asiáticos

O Governo da Região Autónoma da Madeira pretende aproveitar o potencial de Macau como plataforma comercial para a Ásia. Segundo o portal “CLBrief”, Filipa Ferreira, responsável pela agência governamental da Madeira para o investimento e promoção comercial, sublinhou que a “dimensão gigantesca do mercado asiático é muito importante” para a Madeira, “não só para a distribuição de produtos regionais, mas também para ajudar as empresas a ganhar escala”.

Num artigo publicado no Jornal da Madeira, intitulado “Macau: a porta de entrada para o Oriente”, a mesma responsável realçou que, “ao nível das empresas madeirenses, existem alguns casos de sucesso na exportação, nomeadamente de bebidas alcoólicas para a China, devido ao trabalho de prospecção destas empresas e ao apoio do Governo Regional na participação em feiras temáticas e na divulgação dos produtos regionais”. Filipa Ferreira acredita que a diversificação de mercados para a Madeira aumenta o potencial de crescimento, limitado pela dimensão do mercado regional e português, e permite ainda gerir melhor as “flutuações da procura”.

Depois de ter iniciado funções na Invest Madeira em 2018, Filipa Ferreira teve como uma das suas primeiras missões a preparação de um acordo de cooperação entre o governo regional e a Associação Internacional de Negócios China-Europa de Macau, presidida por Derio Kong Vai Chan. Nessa altura, a Invest Madeira estava sob a alçada do vice-presidente do Governo, Pedro Calado, que em Outubro de 2021 seria eleito presidente da Câmara Municipal do Funchal. Actualmente, a Invest Madeira é coordenada pelo novo secretário da Economia, Rui Barreto, referiu o portal “CLBrief”.

No artigo, Filipa Ferreira recorda o passado de Macau sob a administração portuguesa e a transferência pacífica de soberania para a República Popular da China, fruto das boas relações entre os dois países. Na sua perspectiva, a influência portuguesa e os laços culturais e afectivos com Macau são “um factor determinante para que as empresas portuguesas utilizem este território não só como porta de entrada para a China continental, mas também como plataforma de acesso a outros mercados do Oriente”.

“Estes laços históricos e culturais são extremamente importantes para facilitar o acesso das empresas portuguesas a este imenso mercado, criando uma enorme vantagem para o crescimento comercial entre empresas dos dois países” e tornam Macau num “ponto facilitador entre empresas portuguesas e chinesas”, também “utilizado pelas empresas chinesas para aceder aos diferentes países de língua portuguesa”, acentuou. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau


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