Cidade
da Praia – Um estudo apresentado na Praia mostra que cerca de 25 por cento (%)
dos jovens deste município estão fora do mercado de trabalho, situação que o
presidente da câmara municipal da capital, Francisco Carvalho, considera
“preocupante”.
“Esta
situação é preocupante e não nos esqueçamos que a questão do emprego é da
responsabilidade do Governo”, indicou o autarca, em declarações à imprensa, à
margem da apresentação do estudo intitulado “A Juventude na Cidade da Praia:
Subculturas Urbanas, Participação no Espaço Público e Perspectivas do Futuro”.
Para
Francisco Carvalho tem de haver alguma cautela para não se estar a atribuir
novas responsabilidades aos municípios, acrescentando que “as políticas do
emprego são da responsabilidade do Governo da República”.
Entretanto,
sublinhou, a Câmara Municipal da Praia estará sempre disponível para colaborar
em tudo aquilo que for considerado, a nível central, como “importante e
fundamental” para o desenvolvimento do município.
Na
perspectiva do autarca, o estudo ora apresentado é uma abordagem da Câmara
Municipal da Praia.
“Apostamos
em estudos porque temos consciência de que os resultados do trabalho de
investigação académica são fundamentais para podermos perceber a nossa
realidade e podermos tomar as medidas públicas mais acertadas”, afirmou
Carvalho.
O
estudo aponta ainda que a maior parte dos jovens prefere que a formação
profissional se realize no período pós-laboral, alegando falta de tempo.
Confrontado
com esta situação, o edil praiense apontou que a responsabilidade é do Governo,
porque, justificou, tem a ver com medidas legislativas que são da competência
do Governo.
Segundo
o coordenador do estudo, Wladmir Silves Ferreira, esta análise permitiu fazer a
caracterização dos jovens praienses, em que foram aplicados 701 inquéritos nos
20 principais bairros mais populosos da Cidade da Praia.
“Apenas
cinco por cento consegue aceder e concluir o ensino superior [no município da
Praia] e cerca de dez por cento nem sequer consegue completar o ensino básico
obrigatório”, apontou o sociólogo, para quem a escolarização é ainda um
“problema grande” na Praia.
No
estudo, prossegue Wladmir Silves Ferreira, ficou identificada a participação da
juventude em associações da sociedade civil, tendo-se concluído que a mesma é”
muito baixa”.
“Apenas
sete por cento de jovens desta cidade declararam estar envolvidos como membros
ou sócios de uma associação e a maioria está envolvida em associações de
carácter desportivo ou cultural”, informou o coordenador do estudo.
Na
sua opinião, é preciso implementar a participação juvenil na capital do País.
“Quando
confrontados se gostariam de retomar uma formação, isto no caso de aqueles que
estão fora, nota-se uma grande vontade de sim”, apontou Silves Ferreira,
acrescentando que, muitas vezes, os obstáculos nada têm a ver com ofertas
formativas, mas sim a localização, o horário de funcionamento e os custos.
Em
relação aos chamados grupos de gangues, de acordo com o estudo, nota-se uma
“crescente participação feminina”. In “Inforpress” – Cabo Verde
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