O
que disseram os observadores das organizações internacionais regionais
africanas.
Devido
a manipulação dos factos e discursos (especialmente em língua inglesa) na nossa
comunicação social pública, cria-se a falsa ideia de que todos os observadores
declaram estas eleições livres, justas e transparentes.
No
entanto, foi surpreendente a forma crítica como, especialmente as missões da
SADC, da UA, da associação das comissões eleitorais da nossa região, da região
dos Grandes Lagos e da ECCAS se pronunciaram tão assertivamente, sobre os
flagrantes desvios dos padrões eleitorais previstos nos instrumentos
continentais e na nossa própria Constituição e algumas leis.
Entre
muitos aspectos referiram-se, abertamente à vergonha da parcialidade da
comunicação pública, na cobertura das campanhas a favor do partido no poder, à
estranha interferência do Mat no processo eleitoral, da composição
partidarizada da nossa CNE e lamentaram, em alguns casos, que recomendações
anteriormente feitas neste sentido, tivessem voltado a ser ignoradas.
Recomendaram, finalmente, como lhes compete, que todos os conflitos eventualmente
subsequentes, sejam resolvidos no quadro dos mecanismos legais previstos.
Só
não se pronunciaram, naturalmente, sobre o como o nosso TC, da forma como foi
composto e se subordina ao partido no poder (preferiria dizer ao “sistema”),
poderá decidir com imparcialidade, na última instância das controvérsias. Claro
que seria exigir-lhes demais. Assim como o seria se lhes pedíssemos que se
pronunciassem sobre a “atipicidade” das nossas estranhas e deletérias eleições
parlamentares/presidenciais ou vice-versa. Marcolino Moco - Angola
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