Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Timor-Leste - Vira-se para a China se acordo com Austrália sobre Greater Sunrise falhar

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse que o país vai procurar o apoio da China se a Austrália não apoiar o projeto de gasoduto que liga o Greater Sunrise à costa sul do país. “Timor-Leste consideraria de forma favorável uma parceria com investidores chineses se outros parceiros do desenvolvimento se recusarem a investir na recolha de gás através de um gasoduto para Timor-Leste”, disse Ramos-Horta ao jornal Guardian Australia.

Nas declarações ao jornal australiano, o chefe de Estado explicou que se a Austrália e a Woodsie Energy não apoiarem o projeto de gasoduto entre os campos petrolíferos Greater Sunrise e a costa sul do arquipélago, considerado “um objetivo estratégico nacional”, Timor-Leste vai “absolutamente” procurar ajuda das empresas chinesas. “Timor-Leste ficaria à beira de um precipício financeiro se o Greater Sunrise não estiver operacional daqui a dez anos, por isso, muito em breve a liderança [de Timor-Leste] tem de tomar decisões… se for preciso, uma viagem à China”, disse o chefe de Estado ao jornal australiano.

As declarações de Ramos-Horta surgem poucos depois de o jornal Australian Financial Review ter noticiado que a Woodside Energy, a gigante companhia petrolífera australiana, pretende processar o gás em Darwin, o que para Díli é inaceitável. Construir o gasoduto para a costa sul de Timor-Leste “é a única opção aceitável para o povo do país”, disse o ministro do Petróleo, Vitor da Conceição Soares, citado pelo jornal.

O conjunto de campos de petróleo e gás conhecido como Greater Sunrise está a 150 quilómetros a sul de Timor-Leste, com um valor que pode ultrapassar os 70 mil milhões de dólares, sensivelmente o mesmo em euros, e tem causado alguma tensão entre Díli e Camberra. Os dois países têm um acordo assinado em 2019 sobre a delimitação marítima de Timor-Leste desde 2019, mas desde então o progresso tem sido lento, conclui o jornal. In “Ponto Final” - Macau

 

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