Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Angola e Moçambique na lista de Aliança Global para acabar com a Sida infantil

OMS, Unaids e Unicef divulgaram as nações da fase inaugural do projeto internacional que também contempla mães e adolescentes. A iniciativa apresentada na Conferência Internacional sobre a Sida prevê ações para beneficiar o grupo nesta década


As Agências da ONU anunciaram, nesta terça-feira, a Aliança Global para Acabar com a Sida em Crianças. Angola e Moçambique estão na etapa inicial da iniciativa que deve promover o acesso ao tratamento até 2030.

A apresentação foi feita na Conferência Internacional da Sida, em Montreal, Canadá.

Pilares

Na primeira fase, 12 nações acolhem a implementação que junta a Organização Mundial da Saúde, OMS, o Programa da ONU sobre HIV/Sida, Unaids, e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef. Para além de Angola e Moçambique, os restantes países são Camarões, Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Quénia, Nigéria, África do Sul, Uganda, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

Estima-se que 52% das crianças soropositivas recebam tratamentos antirretrovirais, 76% entre os adultos.

Para melhorar este quadro, a fase de consultas apontou a prioridade do fechamento da lacuna de tratamento para jovens adolescentes, mulheres grávidas e lactantes a viver com HIV. Outra aposta é otimizar a continuidade do tratamento.

Entre as medidas que precisam ser adotadas estão a prevenção e detecção de novas infecções por HIV em mulheres adolescentes, grávidas e que amamentam.

Igualdade

Outro foco da iniciativa será aumentar o acesso à testagem, melhorar o tratamento e o cuidado completo a bebés, crianças e adolescentes expostos e vivendo com o vírus.

Por último, serão abordados os “direitos, a igualdade de género e as barreiras sociais e estruturais que dificultam o acesso aos serviços”.

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o facto de metade das crianças com HIV receberem antirretrovirais é um “escândalo e uma mancha” para a consciência coletiva. Ele disse que a aliança é uma oportunidade para renovar o compromisso com as crianças e as suas famílias de unir, falar e agir com propósito e solidariedade com mães, crianças e adolescentes.

Já a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima, afirma que a grande lacuna na cobertura de tratamento entre crianças e adultos é uma ofensa. A expectativa é que por meio da iniciativa, haja união e seja promovida a ação ligando medicamentos novos e melhorados, o compromisso político renovado e o ativismo determinado das comunidades que promoverão a geração que acabará com a Sida nas crianças.

Sociedade civil

A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, disse que apesar dos progressos observados para baixar a transmissão vertical, aumentar os testes, o tratamento e o acesso à informação, as crianças em todo o mundo ainda têm muito menos probabilidade de acesso a remédios em relação aos adultos para a prevenção, os cuidados e o tratamento do vírus.

Entre os parceiros da aliança estão movimentos da sociedade civil, como a Rede Global de Pessoas vivendo com HIV,  o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da Sida, Pepfar, e o Fundo Global. ONU News – Nações Unidas


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