Porto
Inglês – A Fundação Maio Biodiversidade indicou que este ano está a registar
menor número de ninhos, comparando com os dados a meio da temporada dos últimos
cinco anos da campanha de protecção das tartarugas marinhas.
Segundo
o coordenador da patrulha, Jairson da Veiga, para quem este facto era “um tanto
quanto esperado”, uma vez que no ano passado tiveram “um recorde” de cerca de
50 mil ninhos, mas mesmo assim contava registar uma cifra “um pouco mais
acima”, visto que neste momento se está numa época tida como pico da desova.
Mas,
conforme admitiu, a situação que ocorreu no ano passado, em que se registou
maior número de registo, pode estar ligado a um fenómeno que considerou de
“sincronia” entre as tartarugas à procura de praias para desova.
Salientou
que ocorrências do tipo podem estar ligado a “abundância de alimentos ou do
aumento da temperatura de água”.
“É
claro que isso precisa de um estudo mais aprofundado para sabermos o que
realmente aconteceu, porque tivemos tartarugas que saíram no ano passado e que
este ano voltaram a sair, porque sabemos que, se uma tartaruga sair este ano, a
probabilidade é que ela venha a sair depois de dois ou três anos, porque
precisam repousar”, sublinhou.
Relativamente
a apanha de tartarugas, Jairson da Veiga disse que tem havido um “registo
significativo”, a semelhança dos anos anteriores, mas como este ano estão a
registar menos ninhos e saídas, a mesma vai ter um impacto diferente, em
relação aos anos anteriores, destacando que também este ano estão a contar com
menos efectivos nas praias na patrulha.
A
Fundação Maio Biodiversidade (FMB), segundo a mesma fonte, conta este ano com a
colaboração de vários voluntários estrangeiros, destacando que também
conseguiram colocar nas tartarugas o dispositivo GPS para monitorar os seus
movimentos, aparelhos que instalaram também em algumas embarcações de pesca.
Esta
acção permitiu à FMB recolher vários dados que vão ser trabalhados e divulgados
posteriormente, lembrando, por outro lado, que este ano também estão a utilizar
drones para recolha de informações nas praias, onde às vezes as equipas sentem
algumas dificuldades em deslocar.
Por
outro lado, o viveiro criado na praia de Bixe Rotxa, indicou, está a servir
para colocar os ninhos e ao mesmo tempo servir de um espaço para informar e
sensibilizar as pessoas sobre o processo de vida das tartarugas marinhas.
A
campanha vai decorrer até ao final do mês de Setembro, mas, dependendo da forma
como venha a decorrer, poderá implicar o seu fim mais cedo ou mais tarde.
A
FMB está a realizar a primeira edição da copa tartaruga, que vai abarcar a
maioria das comunidades com jogos desportivos e tradicionais, uma forma de
levar às localidades a mensagens de protecção das tartarugas marinhas. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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