Os empresários luso-venezuelanos querem que Portugal nomeie rapidamente um representante da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), na Venezuela, para assessorar nos negócios, aproveitando os sinais de reativação da economia local
“O
Governo de Portugal tem que voltar a nomear um representante do AICEP na
Venezuela”, disse a presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e
Turismo (Cavenport).
Fátima
de Ponte falava à Agência Lusa sobre a “reativação” da atividade comercial, no
âmbito da flexibilização da pandemia da covid-19 no país e de alguns sinais de
melhoria da situação económica venezuelana que vários empresários dizem estar a
acontecer.
“É
muito importante essa nomeação, porque será o representante do AICEP quem
intermediará nas alianças e assessorará os empresários que queiram vir
(investir no país) ou que queira ir (investir em Portugal)”, disse a presidente
da Cavenport.
Segundo
Fátima Ponte, o AICEP teve, até há poucos anos, “um funcionário” que se
deslocava frequentemente até à cidade de Valência (Estado de Carabobo, 170
quilómetros a oeste de Caracas, onde nasceu a Cavenport) para falar com os empresários
e realizava conferências, o que não acontece atualmente pela falta de
representante.
“Ter
alguém do AICEP servirá de motivação, ainda mais neste momento (de reativação
económica) para que continuemos a trabalhar juntos, pela Venezuela e por Portugal,
e para que os empresários tenham a confiança de que há uma câmara de comércio
na qual se apoiarem”, disse a empresária.
Fátima
Ponte explicou que “está muito contente” porque na noite de quinta-feira houve
um jantar, na cidade de Valência, em que participaram quase uma centena de
empresários, alguns deles de Caracas, Maracay, Puerto La Cruz e Barquisimeto,
entre outras.
“Somos,
de momento, a única câmara binacional (portuguesa e venezuelana) ativa e
acreditada também perante o Governo de Portugal. Projetamos realizar grandes
fóruns nacionais (na Venezuela) para transcender, que os nossos empresários
conheçam o suporte legal-jurídico, contábil e em importações que podemos dar”,
frisou.
Aos
empresários de outras regiões venezuelanas, explicou que “este é o momento para
investir” aproveitando “que a Venezuela está um pouco mais relevante”.
“Isso
nos incentiva a buscar, compartilhar, e este é o momento”, frisou.
A
Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo (Cavenport) surgiu em março
de 2007, resultante da fusão da Câmara Luso-venezuelana de Comércio e Turismo
(CLV) de Caracas, e das Câmaras Portuguesas Venezuelanas de Comércio, Indústria
e Afins (Caporven) dos Estados de Arágua e Carabobo.
Com
sede em Caracas a CLV tinha sido fundada em 1973, reunido mais de 400 empresas.
A
Caporven foi criada em 1996 e contava 425 empresas. Tinha sede na cidade de
Valência (170 quilómetros a oeste de Caracas) e tinha duas filiais, Carabobo e
Arágua. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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