Dia
22 de agosto do corrente ano chegará ao Brasil, vindo de Portugal, o coração
do primeiro monarca brasileiro, como parte integrante dos festejos do
Bicentenário da Independência.
Permanecerá
cerca de uma vintena de dias para visitação em Brasília, no Itamaraty.
Dom
Pedro I, mais tarde Dom Pedro IV, do Reino lusitano, constitui-se no mais
importante marco independentista da terra brasilis, responsável cívico pelo
destemido ato declaratório contra as Cortes portuguesas, que desejavam o
retorno do jovem monarca, data que ficou designada como Dia do Fico, celebrada
em 9.1.1822.
Ao
feitio de Caio Júlio Cesar, Cônsul da Província da Gália Cisalpina, ao
atravessar o Rubicon, limite da Roma Imperial, afirmou de forma peremptória e
desafiadora: alea jacta est (a sorte está lançada), em 11.1.49 (a.C).
O
Senado Romano proibia que generais romanos e suas tropas assim procedessem.
A
similitude comportamental desses dois futuros imperadores é regida pela
coragem, pelo destemor e, sobretudo, pelo amor a valores transcendentais.
O
nosso Guatimozim maçônico, a rememorar o último imperador asteca Cuauhtemoc,
verdadeiro Ricardo Coração de Leão, foi homem de grandeza estelar, ao
afirmar no Paço Real, no Dia do Fico:
“Se
é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao
povo que fico.”
Os
librianos, seres do signo de Libra (balança), do zodíaco astrológico, são
tidos como criaturas empolgadas com as conquistas amorosas, quando o coração
prepondera à racionalidade de costumes rígidos.
Dos
segredos dos desabridos amores, apenas o fiel escudeiro Chalaça (Franscisco
Gomes da Silva) conhecia bem e os levou para o túmulo.
Feliz
foi o procedimento do Itamaraty ao estabelecer as tratativas do trazimento do
coração gigantesco desse libriano, como parte integrante dos festejos do
bicentenário da Independência do Brasil.
Seus
ossos integram o Monumento da Independência, em São Paulo, em companhia das
Imperatrizes Leopoldina e Amélia de Leuchtenberg.
Ouso
sugerir que o Primeiro Mandatário do Brasil, no dia 7 de setembro de 2022,
simbolicamente, deposite uma coroa de louros no jazigo do Monumento da
Independência.
Memória
deve ser algo imperecível no contexto de uma nação, de um povo.
Seja
bem-vindo o coração desse personagem que nasceu e morreu em Queluz, mas que
viveu intensamente no Brasil.
Salve
o Dia da Independência brasileira! José Gentili – Brasil in “Blog de
São João del-Rei”
José Carlos Gentili, jornalista
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