O ficheiro que serve de base para a determinação da massa votante, com origem em 1992, ano das primeiras eleições gerais no País, não está acoplado a um sistema interligado que permita que se expurguem, de forma automática, os mortos da base de dados a partir da emissão de boletim de óbito, apurou o Novo Jornal
"O
sistema não consegue expurgar os mortos. Podíamos fazer um trabalho manual, mas
desde 1992?! Nem que recrutem gente, não consegues. Para estas eleições, é
impossível [expurgar], pois já temos mesas montadas, cadernos produzidos,
contratos com prestadores, prazos legais. É preciso começar a trabalhar já para
as eleições de 2027, para interligar o sistema", apelam as fontes.
Observam que, não
deixando de ser um dado a ter em conta, a inclusão de mortos no ficheiro dos
cidadãos eleitores "não constitui razão bastante" para que se
levantem "suspeições" ao processo eleitoral: "Os mortos não
votam, porque não fizeram prova de vida, não vão aparecer no dia [do voto]. É
um falso problema. Os mortos contam só para a abstenção, o que, em termos
substanciais, não acrescenta nada aos resultados das eleições". Victória
Maviluka – Angola in “Novo Jornal”
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