Na Semana Mundial de Aleitamento Materno, agências das Nações Unidas no país lusófono apontam que apostar na prática é essencial para promover um avanço sustentável do país na fase pós-pandemia, benefícios incluem melhoria da nutrição e segurança alimentar associada à diminuição das desigualdades
A
Semana Mundial de Aleitamento Materno marca o início de agosto sob o lema
“Fortalecer a amamentação: Educando e Apoiando”.
A
reflexão deste ano enfatiza a promoção da prática em favor da saúde infantil ao
redor do mundo.
Campanhas
Em
Moçambique, a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo da ONU para a
Infância, Unicef, apoiam os planos nacionais de garantir uma amamentação em
níveis desejados.
As
autoridades de saúde relatam que a pandemia mudou de forma significativa o
nível de atenção dada a esta prática. Muitas mães tiveram o receio de alimentar
os bebés para não infectá-los.
Os
trabalhadores da saúde procuram engajar novamente os envolvidos em campanhas de
aleitamento materno.
A
pediatra Beatriz Paraxiqueva atua no Hospital Central da Beira, centro de
Moçambique. Ela contou que parte do seu dia a dia é incentivar as mães a virem
acompanhadas dos parceiros quando são observadas.
Consultas
“Nós
sabemos que as crianças precisam de ser vistas como um todo, então quando
estimulamos o aleitamento materno. Nós fazemos que a mãe esteja lá, dar de
mamar à sua criança... mas não é só dar de mamar à criança, ela tem que brincar
com ela, tem que interagir com a criança. A criança tem que se sentir segura no
ambiente em que ela se encontra, então os pais têm que estar sempre incluídos
no pré-natal e participar nas consultas. Nós pedimos entre as mães que tragam
os seus maridos que é para a gente explicar.”
Jeremias
Caetano é agente polivalente elementar e partilha momentos da sensibilização
sobre a importância do aleitamento materno.
“Tenho
feito aconselhamento sobre o aleitamento exclusivo materno de zero a seis meses
em forma de palestras. As mães devem saber que dar aleitamento exclusivo
materno de zero a seis meses é muito importante, porque a salva de muitas
doenças e a criança cresce saudável.” As agências da ONU apoiam o aleitamento
materno como parte das estratégias nacionais de alimentação infantil.
Leite materno
A
ação da OMS, da Unicef e parceiros inclui acompanhar o código de
comercialização de substitutos de leite materno.
Especialista
de saúde e nutrição na Unicef, Lucinda Manjama detalha como a comunicação ajuda
a divulgar a prática.
“Também
pela capacitação de técnicos de saúde e não só, também alguns inspetores das
atividades económicas e inspetores de saúde para a promoção do aleitamento
materno, trabalhamos a nível da comunidade, treinamos os atores comunitários
para divulgação dessas mensagens-chaves para aleitamento materno.”
As
duas agências consideram o aleitamento materno essencial para um avanço
sustentável do país, especialmente no pós-pandemia.
Propósitos
Entre
os benefícios estão a melhoria da nutrição, da segurança alimentar e a queda do
nível de desigualdades entre e dentro dos países.
Manjama
apoia a formação de profissionais de informação para o alcance dos propósitos
definidos em relação ao aleitamento.
“A
Unicef trabalha também com os órgãos de comunicação social, através da formação
de jornalistas que passam a mensagem chave do aleitamento materno nos programas
de rádio comunitárias que estabelecem debates entre a comunidade, convidam
profissionais de saúde para esclarecer algumas dúvidas e trazem junto ao
programa pais, avôs e sogras que são influentes nesta questão do comportamento
que a mãe vai adotar para alimentar o seu bebé.” Ouri Pota – Moçambique ONU
News
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