A Presidente da Tanzânia anunciou, na passada segunda-feira (28), os dados sobre a covid-19 no país, naquele que foi o primeiro balanço desde abril de 2020, afirmando que se registaram 100 novos casos “desde o início da terceira vaga a nível mundial”
“Quero
ser honesta: na Tanzânia temos pessoas doentes nesta terceira vaga”, afirmou
Samia Suluhu Hassan, numa conferência de imprensa em Dar es Salam, realizada
para assinalar a conclusão dos seus primeiros 100 dias no cargo, noticia a agência
Efe.
Hassan,
que não especificou uma data concreta para este balanço, detalhou que 70 dos
100 pacientes estão em estado crítico, “ligados a ventiladores”.
As
autoridades tanzanianas não publicaram quaisquer estatísticas oficiais sobre a pandemia
desde maio de 2020, ainda sob o mandato do anterior Presidente, John Magufuli,
que nunca estabeleceu medidas sanitárias ou sociais, defendendo que o país estava
protegido por intervenção divina.
Assim,
o balanço oficial continuava cifrado em 509 casos e 21 mortes, fruto dos números
apresentados pelas autoridades centrais em 29 de abril, e pela região
semiautónoma de Zanzibar em 8 de maio.
Hassan
anunciou que o país vai destinar 470 milhões de dólares (cerca de 395 milhões
de euros) para adquirir vacinas e equipamento para combater a pandemia, não
tendo especificado se há negociações com farmacêuticas.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na semana passada que esta nação africana
está em vias de solicitar a entrada no programa Covax, que pretende assegurar
um acesso equitativo às vacinas contra a covid-19 para os países de baixos rendimentos.
Samia
Suluhu Hassan acrescentou que as vacinações no país serão voluntárias.
Hassan
que se tornou a primeira mulher Presidente no país em 19 de março, após a morte
súbita de Magufuli, aos 61 anos, rompeu com a abordagem negacionista do seu
antecessor, tendo criado um comité composto por especialistas que recomendou o
uso de vacinas e o tratamento dos infetados.
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