A Escola Portuguesa de Macau continua com cada vez mais procura, sendo que o próximo ano lectivo deve arrancar com 690 alunos, disse o presidente da Direcção ao Jornal Tribuna de Macau. Manuel Machado, que ficará mais três anos à frente da escola, salientou ainda que a aposta forte nos próximos anos será a digitalização do ensino, sem descurar a proximidade entre docentes e alunos
O
ano lectivo de 2021/2022 na Escola Portuguesa de Macau (EPM) deverá arrancar
com 690 alunos, contra os 657 que frequentaram a escola no ano que findou.
“Neste momento, estão matriculados 688 alunos, mas é muito provável que este
número cresça, aproximando-se dos 690, são estas as previsões para o próximo
ano lectivo”, afirmou o presidente da Direcção da EPM ao Jornal Tribuna de Macau.
Já o número de alunos não falantes de língua portuguesa deve manter alguma
estabilidade, disse Manuel Machado, que tomou posse na sexta-feira para um novo
mandato como director para o próximo triénio.
Apesar
do crescente número de alunos na EPM, Manuel Machado disse não ter qualquer
previsão para as obras de ampliação. “Temos vindo a acolher ao longo destes
últimos anos cada vez maior número de alunos, temos feito adaptações internas
no sentido de acolher mais turmas e acomodá-las, mas não tenho nenhuma previsão
de quando virão a ser realizadas obras mais profundas de ampliação das
instalações”, disse.
Manuel
Machado sublinhou que a sua equipa procurará “dar continuidade ao trabalho já
iniciado e melhorá-lo continuamente”. A título de exemplo, falou na inclusão no
currículo de componentes de promoção do desenvolvimento linguístico, aumento da
língua portuguesa e da promoção da literacia científica e implementação da
disciplina de educação cívica e desenvolvimento, “visando contribuir para a
formação de pessoas autónomas, responsáveis e solidárias”.
Noutro
ângulo, disse que a disciplina de língua chinesa será dividida em dois níveis –
um para falantes e outro para não-falantes. Entre as prioridades constam ainda
“o alargamento ao terceiro ciclo da disciplina de educação musical e o ensino
de programação e robótica do terceiro até ao sexto ano”. “É algo que já está em
curso e que prosseguirá. E procurar-se-á, obviamente, melhorar tanto quanto
possível”, reiterou.
Por
outro lado, haverá novas metas a atingir, nomeadamente no âmbito digital. “Procuraremos
investir na digitalização, ou seja, implementar um plano de acção de
desenvolvimento digital a concretizar nos próximos anos, considerando diversas
dimensões fundamentais, como a pedagógica, organizacional e tecnológica, com
vista à utilização do digital enquanto ferramenta importante no processo de
ensino e aprendizagem”, explicou Manuel Machado. No entanto, ressalvou, sem
nunca comprometer “a componente da relação próxima entre os professores e
alunos”.
Quanto
aos recursos humanos, nomeadamente docentes, o presidente da Direcção da EPM
garantiu que não haverá qualquer problema. “Conseguimos substituir os
professores que se irão ausentar da RAEM, quer através da contratação de novos
professores que têm residência em Macau, quer dos que se encontram colocados ao
abrigo do protocolo da Fundação da EPM e dos Serviços de Educação, o que nos
permite arrancar o próximo ano lectivo sem escassez de docentes”, explicou.
Este ano, saíram sete professores que estavam a exercer na EPM, sendo que no
próximo ano vão ingressar seis novos docentes.
Além
da nomeação de Manuel Machado para o cargo de presidente da Direcção da EPM,
foram ainda designadas Zélia Baptista e Olívia Remédios para os cargos de
adjuntas, “que trabalharão de forma próxima com o director”. Catarina
Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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