Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Macau - Número de alunos na Escola Portuguesa de Macau deverá aumentar

A Escola Portuguesa de Macau continua com cada vez mais procura, sendo que o próximo ano lectivo deve arrancar com 690 alunos, disse o presidente da Direcção ao Jornal Tribuna de Macau. Manuel Machado, que ficará mais três anos à frente da escola, salientou ainda que a aposta forte nos próximos anos será a digitalização do ensino, sem descurar a proximidade entre docentes e alunos

O ano lectivo de 2021/2022 na Escola Portuguesa de Macau (EPM) deverá arrancar com 690 alunos, contra os 657 que frequentaram a escola no ano que findou. “Neste momento, estão matriculados 688 alunos, mas é muito provável que este número cresça, aproximando-se dos 690, são estas as previsões para o próximo ano lectivo”, afirmou o presidente da Direcção da EPM ao Jornal Tribuna de Macau. Já o número de alunos não falantes de língua portuguesa deve manter alguma estabilidade, disse Manuel Machado, que tomou posse na sexta-feira para um novo mandato como director para o próximo triénio.

Apesar do crescente número de alunos na EPM, Manuel Machado disse não ter qualquer previsão para as obras de ampliação. “Temos vindo a acolher ao longo destes últimos anos cada vez maior número de alunos, temos feito adaptações internas no sentido de acolher mais turmas e acomodá-las, mas não tenho nenhuma previsão de quando virão a ser realizadas obras mais profundas de ampliação das instalações”, disse.

Manuel Machado sublinhou que a sua equipa procurará “dar continuidade ao trabalho já iniciado e melhorá-lo continuamente”. A título de exemplo, falou na inclusão no currículo de componentes de promoção do desenvolvimento linguístico, aumento da língua portuguesa e da promoção da literacia científica e implementação da disciplina de educação cívica e desenvolvimento, “visando contribuir para a formação de pessoas autónomas, responsáveis e solidárias”.

Noutro ângulo, disse que a disciplina de língua chinesa será dividida em dois níveis – um para falantes e outro para não-falantes. Entre as prioridades constam ainda “o alargamento ao terceiro ciclo da disciplina de educação musical e o ensino de programação e robótica do terceiro até ao sexto ano”. “É algo que já está em curso e que prosseguirá. E procurar-se-á, obviamente, melhorar tanto quanto possível”, reiterou.

Por outro lado, haverá novas metas a atingir, nomeadamente no âmbito digital. “Procuraremos investir na digitalização, ou seja, implementar um plano de acção de desenvolvimento digital a concretizar nos próximos anos, considerando diversas dimensões fundamentais, como a pedagógica, organizacional e tecnológica, com vista à utilização do digital enquanto ferramenta importante no processo de ensino e aprendizagem”, explicou Manuel Machado. No entanto, ressalvou, sem nunca comprometer “a componente da relação próxima entre os professores e alunos”.

Quanto aos recursos humanos, nomeadamente docentes, o presidente da Direcção da EPM garantiu que não haverá qualquer problema. “Conseguimos substituir os professores que se irão ausentar da RAEM, quer através da contratação de novos professores que têm residência em Macau, quer dos que se encontram colocados ao abrigo do protocolo da Fundação da EPM e dos Serviços de Educação, o que nos permite arrancar o próximo ano lectivo sem escassez de docentes”, explicou. Este ano, saíram sete professores que estavam a exercer na EPM, sendo que no próximo ano vão ingressar seis novos docentes.

Além da nomeação de Manuel Machado para o cargo de presidente da Direcção da EPM, foram ainda designadas Zélia Baptista e Olívia Remédios para os cargos de adjuntas, “que trabalharão de forma próxima com o director”. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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