Um
‘software’ de combate ao insucesso escolar, o MAPIE, foi apresentado
nesta sexta-feira na Marinha Grande, no distrito de Leiria, assumindo a empresa
promotora a ambição de chegar a 150 agrupamentos de escolas em Portugal e 200
no Brasil até 2022.
Mapa
de Alerta Precoce do Insucesso Escolar (MAPIE)
sucede a SAPIE – Sistema de Alerta Precoce do Insucesso Escolar, projeto da
associação Tempos Brilhantes desenvolvido com investigadores da Faculdade de
Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e implementado em
2018.
Desde
então, SAPIE funcionou em 102 agrupamentos de escolas de norte a sul do país,
monitorizando cerca de 100 mil alunos de mais de 60 concelhos.
Os
promotores calculam que tenha o serviço evitado até agora 500 retenções, o que
significa a “poupança equivalente a 1,8 milhões de euros”, acrescentam em
comunicado os responsáveis do agora MAPIE, assumido como o próximo passo no
“combate ao insucesso escolar”.
“Mais
do que as métricas”, sublinha Núria Costa, relações públicas da empresa, “o
balanço é espetacular, porque no terreno percebeu-se que em muitos agrupamentos
os dados recolhidos pelo sistema acabaram por facilitar muito a vida
profissional de professores e diretores de agrupamentos”.
A
solução informática foi agora reforçada para definir “perfis de risco ainda
mais rigorosos”, acrescentando indicadores de saúde e dados sociodemográficos
ao algoritmo que segue o modelo americano, combinando assiduidade,
comportamento e aproveitamento.
A
escolaridade materna ou o escalão de ação social são algumas das novas
informações tidas em conta para, “de forma cada vez mais aperfeiçoada”,
antecipar a incidência de insucesso.
“Ouvimos
os vários agentes envolvidos e construímos gráficos mais adaptados às
necessidades, permitindo o acesso a informação que de outra forma não estava
disponível”, reforça Núria Costa, assinalando o “‘layout’ melhorado, o
mapeamento do território, criação do MAPIE Autarquia e intervenções
simplificadas” como outras novidades.
A
partir do cruzamento de todas as informações, MAPIE funciona como “um radar que
monitoriza os indicadores de risco e gera alertas precoces”, enviando-os a
professores, responsáveis de agrupamentos escolares, famílias e autarquias.
Com
esta evolução do ‘software’, vem também a aposta na internacionalização.
MAPIE quer chegar a “novos mercados” e incorporar “conhecimento de fora para
dentro”.
Até
2022, internamente o objetivo é crescer 50% e chegar a 150 agrupamentos de
escolas. No estrangeiro, a ambição “é atingir os 200 agrupamentos de escolas no
Brasil e entrar no mercado de Angola e Moçambique”, avança a responsável da
empresa.
A
apresentação de MAPIE aconteceu na Escola Secundária Eng. Calazans Duarte, na
Marinha Grande. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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