Lisboa
– Portugal já entregou aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP) e para Timor-Leste quase 200 mil vacinas contra a Covid-19, para além
de material farmacêutico, ao abrigo do Plano de Acção contra a pandemia.
“Até
20 de Julho de 2021, disponibilizámos um total de 196000 doses de vacinas
contra a Covid-19 aos PALOP e a Timor-Leste”, confirmou o gabinete do
secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação à Lusa.
As
196 mil doses, que concluem a primeira fase do Plano de Acção, já foram
entregues aos países, tendo 50 mil ido para Angola, 48 mil para Cabo Verde, 24
mil para Guiné-Bissau e 50 mil para Moçambique, numa lista onde aparecem ainda
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, com 12 mil vacinas cada, para além da
intervenção feita através do mecanismo europeu de partilha de vacinas e da
Covax.
“Todos
os lotes de vacinas enviadas para os PALOP e Timor-Leste foram acompanhados do
material necessário para viabilizar a sua administração, incluindo,
nomeadamente, seringas e agulhas”, acrescentou o Ministério dos Negócios
Estrangeiros na resposta enviada à Lusa.
Questionado
sobre a razão de a Guiné Equatorial ser o único país africano lusófono que não
recebeu vacinas de Portugal, o gabinete de Francisco André assegurou que “a
Guiné Equatorial, enquanto PALOP, está a ser abrangida pelo Plano de Acção” e
lembrou que “em Março passado, na sequência da explosão de um quartel militar
na cidade de Bata, que afectou o material e combate ao Covid 19 que estava
disponível nessa cidade, e em resposta a um apelo de apoio das autoridades
equato-guineenses, Portugal respondeu positivamente a esse apelo”.
Para
além disso, acrescentou, “também no âmbito da formação em diversas áreas
médicas relacionadas com o tratamento de doentes Covid, os diversos módulos
disponibilizados online estão disponíveis também para profissionais de
saúde da Guiné Equatorial”.
Para
além deste apoio, acrescenta-se na parte da resposta sobre este país, “no
âmbito da segunda fase do Plano de Acção, focado na vacinação, a Guiné
Equatorial poderá receber também vacinas doadas por Portugal, se enfrentar
problemas de fornecimento que não possa resolver por si própria”.
Em
Junho de 2020 foi elaborado o Plano de Acção na resposta sanitária à pandemia
Covid-19, entre Portugal e os PALOP e Timor-Leste, que assentou em dois eixos:
disponibilização de recursos, em que foram já investidos mais de 5 milhões de
euros; e de formação, onde ficaram inscritas 96 acções de formação, de acordo
com o gabinete de Francisco André.
O
apoio de Portugal a estes países lusófonos assenta em três vertentes, que são o
“apoio multilateral via Covax; apoio bilateral directo; e apoio via Mecanismo
Europeu de Partilha de vacinas, com a consignação de pelo menos 5% dos lotes de
vacinas comprados por Portugal destinadas aos PALOP e Timor-Leste”, apontou o
Governo.
O
primeiro-ministro português, António Costa, anunciou, em Luanda, que Portugal
vai triplicar a oferta de vacinas aos PALOP e Timor-Leste, passando para de um
para três milhões de doses, no combate à covid-19.
Na
conferência de imprensa final após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de
Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dia
17 de Julho, António Costa recordou que Portugal se tinha comprometido a
oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem
disponibilizar quatro vezes mais.
No
caso dos PALOP e Timor-Leste, o Governo português vai “triplicar e passar de um
milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, referiu Costa.
“De
acordo com aquilo que é o cálculo que nós temos de vacinas que vamos poder
disponibilizar” será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”,
explicou.
“Por
isso, temos mais um milhão que afectaremos a outros programas, designadamente
poderemos alargar ao Brasil, aos países da América Latina ou poderemos
simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”,
disse então o primeiro-ministro. In “Inforpress” – Cabo Verde
Sem comentários:
Enviar um comentário