O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um conjunto de
cinco parceiros fundadores lançam a iniciativa Resgatando a História, que tem o
objetivo de restaurar e revitalizar patrimônio material, imaterial e de acervos
memoriais de todo o país.
Será
realizada uma chamada pública para seleção de projetos de preservação do
patrimônio histórico brasileiro no total de R$ 200 milhões. Destes, R$ 50
milhões serão investidos pelas empresas parceiras e R$ 150 milhões pelo BNDES
Fundo Cultural, que conta com recursos advindos da Lei Federal de Incentivo à
Cultura.
As
organizações que já aderiram à iniciativa são: Ambev Brasil, EDP, Instituto
Cultural Vale, Instituto Neoenergia e MRS Logística. Todas já possuem histórico
de ações de preservação de patrimônio histórico, inclusive com incentivos
fiscais.
“O
Resgatando a História será o maior programa de preservação de patrimônio
histórico já realizado no Brasil congregando esforços das iniciativas público e
privada”, celebra Bruno Aranha, Diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental
do BNDES.
“Cuidar
da nossa história é fundamental para o entendimento da nossa identidade e base
para a construção do futuro com desenvolvimento sustentável. É um privilégio
servir a esse propósito e tenho certeza que ficaremos muito orgulhosos dos
resultados que vamos entregar para os brasileiros”, completa.
Para
Eduardo Lacerda, Presidente Ambev Brasil, “preservar o patrimônio histórico e
acervo memorial do país é manter viva a brasilidade que a Ambev, como uma empresa
brasileira, e nossas marcas tanto acreditam, cultivam e apoiam ao longo desses
nossos 100 anos de história”.
“A
valorização do patrimônio histórico-cultural luso-brasileiro está no DNA da
EDP, maior investidora portuguesa no Brasil. Nos últimos anos, assumimos
importantes compromissos, como o patrocínio-máster à recuperação do Museu da
Língua Portuguesa e do Museu do Ipiranga. A adesão ao Resgatando a História
representa mais um passo nessa trajetória de apoio à preservação da memória e
do patrimônio do Brasil”, afirma João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil.
A
seleção do BNDES escolherá propostas de restauração, conservação ou valorização
de patrimônios históricos materiais e imateriais que tenham sido reconhecidos
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No caso de
materiais, podem se candidatar projetos que sejam apenas reconhecidos por
órgãos estaduais ou distritais de proteção ao patrimônio histórico. Também
serão contemplados acervos memoriais que tenham sido tombados pelo IPHAN,
registrados em nível nacional ou mundial pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) ou que façam parte de acervos
bibliográficos raros no “Catálogo do Patrimônio Bibliográfico Nacional – CPBN”.
Para
receberem apoio financeiro, os projetos deverão ter valor mínimo de R$ 5
milhões e máximo de R$ 50 milhões e ter prazo de execução de até 36 meses. O
financiamento será no modelo não reembolsável, ou seja, não precisa ser pago,
desde que sejam cumpridas as finalidades do projeto e as regras estabelecidas
no contrato.
Os
patrimônios históricos e os acervos memoriais poderão ser de propriedade
pública, em qualquer esfera, ou de propriedade de associação ou fundação
privada, desde que sem fins lucrativos. Os recursos deverão destinar-se a
atividades que permitam amplo acesso público, de forma gratuita ou não. As
propostas poderão ser encaminhadas a partir de 15 de julho, por meio do link
https://www.youtube.com/watch?v=YcOKTLZgtwQ.
Dentre
os critérios utilizados para a escolha dos projetos durante a seleção estão a
relevância do projeto para a preservação do patrimônio histórico, o potencial
de geração de emprego e renda nas economias das culturas locais, a promoção de
ações de engajamento da população local e de educação patrimonial, melhorias da
gestão e da governança das instituições mantenedoras do patrimônio e a
elaboração de um plano de sustentabilidade financeira de longo prazo das
instituições responsáveis pelo patrimônio.
“A
MRS tem atuado fortemente na recuperação do patrimônio histórico. O apoio da
empresa ao Resgatando a História é a confirmação do nosso compromisso. Estamos
presentes em estados que são marcados pela cultura ferroviária. A iniciativa é
uma oportunidade para estar ainda mais presente na recuperação desse valioso
patrimônio”, afirma o Diretor de Relações Institucionais da MRS, Gustavo
Bambini.
O
BNDES fará a complementação das fontes de recursos para as iniciativas
escolhidas. Projetos executados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
poderão contar com a participação de recursos do BNDES para até 75% do
investimento total. Para os da região Sul, são 65%. Já no Sudeste, a
participação máxima do Banco será limitada a 50%. A diferença tem o objetivo de
estimular projetos em regiões que tradicionalmente têm maiores dificuldades de
captação.
“Estamos
presentes em 18 estados e no Distrito Federal, regiões com grande patrimônio
artístico, cultural e arquitetônico. Por meio do Instituto Neoenergia,
investimos na preservação desse patrimônio e estamos felizes em participar da
fundação do projeto Resgatando a História, que reforça nosso compromisso com a
história e a sociedade brasileira”, comentar Mario Ruiz-Tagle, CEO da
Neoenergia e presidente do Conselho de Administração do Instituto Neoenergia.
Outras
empresas interessadas também podem aderir à iniciativa. Para isto precisam ter
aderência prévia ao tema do patrimônio histórico; histórico de apoio por meio
da Lei Federal de Incentivo à Cultura; e porte econômico.
“Para
o Instituto Cultural Vale, é uma honra se unir ao BNDES e empresas parceiras,
que compartilham o cuidado com a preservação do patrimônio histórico
brasileiro. Apoiamos e desenvolvemos projetos de proteção e fomento de bens
culturais e suas memórias; e agora, como parte do Resgatando a História,
reafirmamos este compromisso de restaurar e revitalizar patrimônios e acervos,
valorizando a nossa história e raízes, para compreender melhor o presente e
lançar um olhar em perspectiva para o futuro”, afirma Luiz Eduardo Osorio,
Vice-Presidente Executivo de Relações Institucionais e Comunicação da Vale e
Presidente do Conselho do Instituto Cultural Vale.
O
BNDES e o apoio ao patrimônio histórico brasileiro
O
BNDES é um dos maiores e mais consistentes apoiadores do patrimônio histórico
brasileiro: ao longo dos últimos 24 anos foram investidos mais de R$ 600
milhões para projetos de restauro, preservação e revitalização de cerca de 200
monumentos localizados em todas as regiões do país. A preservação e
reintegração do patrimônio histórico à vida cotidiana têm o potencial de
induzir um processo de revitalização perene, intensificando o turismo cultural,
a dinamização das cadeias produtivas e atividades econômicas correlatas,
geradoras de emprego e renda locais.
“Para
uma árvore crescer ela depende de suas raízes. Da mesma forma, é impossível
buscarmos desenvolvimento sustentável se não cuidarmos no nosso passado.
Reconhecer o legado que nos foi deixado é fundamental para todos os que buscam
deixar também um legado para as próximas gerações”, pondera Petrônio Cançado,
Diretor de Crédito e Garantia do BNDES.
Cada
vez mais, o setor privado tem mostrado interesse em investir em projetos
capazes de promover mudanças duradouras nas comunidades em que atuam, inclusive
projetos ligados à preservação do patrimônio e das cidades históricas.
Diante
deste cenário que o BNDES viu a oportunidade de fomentar e fortalecer parcerias
que unem investimentos públicos e privados para uma atuação mais ampla,
coordenada e estratégica para o apoio ao patrimônio histórico brasileiro, com
benefícios para a atividade turística e a economia local.
Fundado
em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal
instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na
economia brasileira. In “Mundo Lusíada” - Brasil
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