“Arquitecturas em Português – Diálogos Emergentes” é o nome do filme-exposição que vai estrear este domingo. O vídeo ficará disponível na internet, enquanto que a exposição física acontece no Rio de Janeiro, no Brasil. Ao Ponto Final, o arquitecto Rui Leão, coordenador do projecto, explicou que o objectivo é dar a conhecer os projectos desenvolvidos por jovens arquitectos lusófonos, com foco nos projectos de habitação
No
domingo, estreia o filme-exposição “Arquitecturas em Português – Diálogos
Emergentes”, uma iniciativa que serve para dar a conhecer os projectos de
arquitectos lusófonos e que está integrado no 27.º Congresso Internacional de
Arquitectos UIA2021RIO. O projecto será apresentado no Rio de Janeiro, no
Brasil, sendo que estará também disponível através do YouTube.
A
iniciativa apresenta os trabalhos de 11 ateliers de arquitectura de oito
territórios lusófonos: Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau,
Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. A curadoria deste filme-exposição
esteve a cargo dos arquitectos Ana Vaz Milheiro, Inês Lima Rodrigues e Jorge
Figueira. O arquitecto de Macau Rui Leão fez a coordenação. A curadora
principal da exposição física foi a arquitecta brasileira Lígia Zanella.
As
obras seleccionadas para serem mostradas são: as Casas MBV2 e a Residencial
Duarte Murtinho, no Brasil; o Condomínio Asa e Habitação Palmarejo Grande, em
Cabo Verde; House in Assagao, em Goa; Residência + Hemeroteca, na Guiné-Bissau;
o The Studio, em Macau; o Condomínio Terra, em Moçambique; a Casa Vermelha e as
Casas 6 e 12, em Portugal; e a Moradia Edson Gomes, em São Tomé e Príncipe.
Ao
Ponto Final, Rui Leão explicou que o objectivo era mostrar “o trabalho de uma
geração mais nova de arquitectos dos países de língua portuguesa que esteja a
propor soluções mais válidas enquanto respostas à condição social e económica
de cada país”.
Neste
caso, o foco foi para os projectos de habitação, porque “habitar é sempre a
necessidade básica de todos e aquela a que temos de dar mais respostas e saber
mais como nos adaptar às condições do contexto”. Além disso, houve também a
preocupação de não mostrar apenas os pontos em comum entre cada projecto mas
também as diferenças, que reflectem “culturas e economias muito diferentes”.
“Sociabilidade”
e “quotidiano” são palavras-chave do guião do filme que capta as “urgências
particulares de cada contexto, revertidas no programa da habitação, individual
ou colectiva”, lê-se no comunicado de imprensa, que acrescenta: “A casa, em
projecto ou em vivência, é hoje o lugar matriz de todas as crises. No filme, os
arquitectos falam-nos e mostram-nos diferentes perspectivas deste lugar.
Ouvimos vozes diversas e contrastantes colocadas em coro fílmico, diálogos que
atestam os desafios actuais que se colocam à arquitectura da casa: a adaptação
a novas funcionalidades, a saúde, a sustentabilidade”.
Os
projectos foram seleccionados através de um concurso aberto. Cada instituto
local endereçou um convite à participação aos ateliers. “Em Macau, a Associação
de Arquitectos de Macau fez uma chamada pública de projectos, os arquitectos
que estavam interessados fizeram as suas submissões e os curadores receberam as
propostas de todos os países e a partir do que receberam fizeram uma selecção”,
explicou o arquitecto de Macau.
Este
projecto organizado entre Macau, Lisboa e Rio de Janeiro foi “feito num curto
espaço de tempo e feito nesta colaboração à distância”. “Uma experiência nova e
que correu muito bem”, comentou Rui Leão, explicando ainda que o filme que faz
parte do projecto “permite uma versatilidade muito grande”. André Vinagre –
Macau in “Ponto Final”
andrevinagre.pontofinal@gmail.com
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