Mindelo
– Filili, uma das aves de rapina que mais abunda em Cabo Verde, com habitat nos
demais países da África Ocidental, foi escolhido para ser a mascote Liga de
futebol feminino da União de Futebol da África Ocidental (UFOA).
A
criação da mascote para os jogos que decorrem até 30 de Julho, no Estádio
Adérito Sena, em São Vicente, é da jovem bióloga de 30 anos Nathalie Melo.
Em
declarações à Inforpress, Nathalie Melo, que neste momento faz doutoramento na
área de biologia em Portugal, explicou que a organização pediu que a mascote
fosse um animal que pudesse representar todos os países que participam na liga
UFOA.
Segundo
a jovem, por ser bióloga e trabalhar com aves, pensou em transformar Filili na
mascote da competição, por ser uma espécie que habita em todos os países que
participam desta competição.
“O
Filili é uma espécie de falcão ou peneireiro bastante ágil e um pouco
acrobático, o que também pode representar as características de jogadores de
futebol”, explicou a jovem de 30 anos.
Para
a criadora, trata-se de uma espécie “resiliente e que se adapta ao ambiente” em
que ela se encontra e que se ajusta às “características das mulheres africanas
que são fortes e resilientes”.
Para
complementar o trabalho, Nathalie Melo também foi responsável por fazer a
animação. Na animação, explicou que quis dar um certo protagonismo à ilha de
São Vicente, que é anfitriã da liga UFOA, e depois terminar com a apresentação
da mascote a entrar em campo.
“A
animação começa com um mapa mais abrangente, com uma música, numa espécie de
tensão, que se aumenta de volume à medida que se faz o zoom nas ilhas até
chegar à ilha de São Vicente. Assim fica claro onde é que os jogos vão decorrer
e prepara o espectador para algo grandioso. Logo a seguir entra a mascote”,
esclareceu a mesma fonte.
Para
a bióloga, fazer a mascote e animação foi um “grande desafio”, porque exigiu
horas de trabalho com recurso a técnicas mais complexas do que costumava usar.
Mas, afirmou que o feedback tem sido excelente.
“Fazer
algo que representa as equipas femininas africanas é um grande orgulho. Ao
mesmo tempo dá a oportunidade das pessoas conhecerem a espécie Filili que é tão
comum nas nossas ilhas mas que nem sempre é conhecida”, afirmou.
Ainda, segundo Natahlie Melo, o arranjo musical do parceiro Samuel Cruz deu à animação um tempero e um ‘feeling’ especial, que se encaixa nas características de uma competição num campo de futebol onde reina amizade e a junção desses países irmãos”. In “Inforpress” – Cabo Verde
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