Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Cabo Verde - Jovem inspira-se em ave abundante no país para criar mascote da Liga de Campeões da União de Futebol da África Ocidental vertente feminina


Mindelo – Filili, uma das aves de rapina que mais abunda em Cabo Verde, com habitat nos demais países da África Ocidental, foi escolhido para ser a mascote Liga de futebol feminino da União de Futebol da África Ocidental (UFOA).

A criação da mascote para os jogos que decorrem até 30 de Julho, no Estádio Adérito Sena, em São Vicente, é da jovem bióloga de 30 anos Nathalie Melo.

Em declarações à Inforpress, Nathalie Melo, que neste momento faz doutoramento na área de biologia em Portugal, explicou que a organização pediu que a mascote fosse um animal que pudesse representar todos os países que participam na liga UFOA.

Segundo a jovem, por ser bióloga e trabalhar com aves, pensou em transformar Filili na mascote da competição, por ser uma espécie que habita em todos os países que participam desta competição.

“O Filili é uma espécie de falcão ou peneireiro bastante ágil e um pouco acrobático, o que também pode representar as características de jogadores de futebol”, explicou a jovem de 30 anos.

Para a criadora, trata-se de uma espécie “resiliente e que se adapta ao ambiente” em que ela se encontra e que se ajusta às “características das mulheres africanas que são fortes e resilientes”.

Para complementar o trabalho, Nathalie Melo também foi responsável por fazer a animação. Na animação, explicou que quis dar um certo protagonismo à ilha de São Vicente, que é anfitriã da liga UFOA, e depois terminar com a apresentação da mascote a entrar em campo. 

“A animação começa com um mapa mais abrangente, com uma música, numa espécie de tensão, que se aumenta de volume à medida que se faz o zoom nas ilhas até chegar à ilha de São Vicente. Assim fica claro onde é que os jogos vão decorrer e prepara o espectador para algo grandioso. Logo a seguir entra a mascote”, esclareceu a mesma fonte.

Para a bióloga, fazer a mascote e animação foi um “grande desafio”, porque exigiu horas de trabalho com recurso a técnicas mais complexas do que costumava usar. Mas, afirmou que o feedback tem sido excelente.

“Fazer algo que representa as equipas femininas africanas é um grande orgulho. Ao mesmo tempo dá a oportunidade das pessoas conhecerem a espécie Filili que é tão comum nas nossas ilhas mas que nem sempre é conhecida”, afirmou.

Ainda, segundo Natahlie Melo, o arranjo musical do parceiro Samuel Cruz deu à animação um tempero e um ‘feeling’ especial, que se encaixa nas características de uma competição num campo de futebol onde reina amizade e a junção desses países irmãos”. In “Inforpress” – Cabo Verde


 

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