Manuel Machado, director da Escola Portuguesa de Macau desde 2013, toma posse para um novo mandato de quatro anos. José Sales Marques destaca os bons resultados nos rankings escolares, mas a associação de pais gostaria de ver uma mudança
Presidente
da direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) desde 2013, ano em que
substituiu Edith Silva, Manuel Machado toma posse para um novo mandato como
director até 2024. A tomada de posse acontece na biblioteca da escola, tendo
sido enviados convites para alguns membros da comunidade escolar por parte do
conselho de administração da Fundação da EPM (FEPM).
Em
declarações ao HM, José Sales Marques, administrador e porta-voz da FEPM,
destaca os bons resultados escolares que a instituição de ensino de matriz
portuguesa tem tido nos últimos anos.
“O
Dr. Machado e a sua equipa procurou sempre fazer o melhor possível para
garantir que a EPM continuasse a oferecer um ensino de qualidade, mesmo em
circunstâncias difíceis, o que tem conseguido e com muito mérito”, apontou.
Sales Marques dá como exemplo o “ranking anual da EPM, no contexto das escolas
portuguesas no estrangeiro, mantendo-se nos lugares cimeiros, ou ocupando até o
primeiro lugar”.
“O
mesmo se pode dizer quanto ao bom desempenho nos resultados do PISA para Macau,
que como se sabe são avaliações conduzidas pela OCDE”, acrescentou ainda. Desta
forma, José Sales Marques considera que “a nomeação do Dr. Manuel Machado para
director da EPM é uma consequência natural dos resultados acima indicados e da
sua vontade, que muito apreciamos, de continuar a servir a EPM e o ensino em
Macau”.
Mudança, precisa-se
Esta
opinião não é partilhada pela Associação de Pais da EPM. Filipe Regêncio
Figueiredo, presidente, defende uma mudança, uma vez que é “a favor da
limitação de mandatos no exercício de quaisquer cargos”, algo que “promove a
transparência e força a mudança, independentemente das qualidades e
competências de quem ocupa os cargos”.
“É
uma grande tentação pretender enfrentar os desafios do futuro com as respostas
do passado, por muito boas que elas tenham sido. A EPM, graças ao seu corpo
docente, é uma boa escola, mas quem a dirige e lidera o corpo docente não se
pode eternizar, sob o risco de a escola ficar parada no tempo, principalmente
quando as mudanças na comunidade educativa saltam à vista”, frisou ainda.
À
luz do novo estatuto das escolas particulares do ensino não superior, que entra
em vigor a 1 de Setembro, Filipe Regêncio Figueiredo lamenta que a FEPM “não se
tenha adiantado e aproveitado para fazer uma nomeação ou recondução de acordo
com as novas regras”, apesar de as propostas de gestão já terem sido entregues
junto da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude
(DSEDJ). O diploma estabelece que pais e docentes passam a fazer parte do
conselho de administração da escola, que tem como competências nomear o
director.
Tal
iria permitir “uma discussão mais alargada” mas, no entanto, “manteve-se a
direcção nomeada em funções após o início do funcionamento dos novos órgãos”.
Filipe Regêncio Figueiredo apontou ainda que a FEPM “não pode pôr-se à margem,
demarcar-se e alegar desconhecer o que se passa na EPM, como o fez diversas
vezes em reuniões com a APEP, uma vez que apoia o status quo existente”. Andreia
Silva – Macau in “Hoje Macau”
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