O Gabinete Provincial de Combate a Corrupção em Sofala anunciou a abertura de um processo contra dois funcionários do Programa Alimentar Mundial (PAM) na cidade da Beira, suspeitos do desvio de oito milhões de meticais (106 mil euros)
“Eles
efetuaram levantamentos através de cheques nas contas da instituição e
introduziram os valores nas suas respetivas esferas patrimoniais”, declarou Anastácio
Matsinhe, porta-voz do Gabinete Provincial de Combate a Corrupção em Sofala,
durante uma conferência de imprensa na cidade da Beira.
Segundo
a fonte, as autoridades detiveram preventivamente uma pessoa e a outra, um
superior hierárquico, encontra-se em parte incerta, após pedir demissão da agência.
“Os
atos praticados por estes funcionários consubstanciam o crime de peculato”, acrescenta
o porta-voz, avançando que a funcionária detida confessa ter levantado os
valores, embora considere que o montante foi entregue totalmente ao outro
funcionário agora foragido. Segundo a fonte, caso seja comprovada em sede de
tribunal do seu envolvimento no desvio, os funcionários de PAM podem ser
punidos com penas entre oito e 12 anos.
“Estes
funcionários são equiparados a servidores públicos, sendo o PAM uma instituição
ligada à Organização das Nações Unidas, de que Moçambique é parte e que é uma
organização de direito público”, frisou Anastácio Matsinhe, acrescentando que
foi a própria instituição que deu conta do desaparecimento dos fundos.
Contactado
pela Lusa, o PAM em Moçambique disse que a instituição tem uma “política de
tolerância zero em relação ao desvio de recursos”, considerando que “todas as acusações
são investigadas com rigor”.
“O
PAM leva todas as denúncias a sério e temos mecanismos para lidar com a má conduta
em todos os níveis”, refere a agência numa nota de reação enviada à Lusa. In “Milénio
Stadium” – Canadá com “Lusa”
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