Cabo Verde lançou nesta quinta-feira o inquérito principal do Mapeamento da Diáspora no Mundo com o qual pretende conhecer os emigrantes, em dezenas de países, a partir de informações estatísticas, anunciou o Governo.
“Durante
os próximos 90 dias, em mais de 42 países, nos cinco continentes, o Governo de
Cabo Verde vai estar presente — física e digitalmente — junto de cada
cabo-verdiano, da primeira à quarta geração”, para fazer várias perguntas,
referiu o ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, em representação do Governo,
durante uma cerimónia de lançamento da operação, em Luanda, capital angolana.
Angola
foi escolhida para o evento por ser o país africano com maior presença da
emigração cabo-verdiana e Jorge Figueiredo já foi embaixador do arquipélago no
país.
Estados
Unidos, Portugal, Holanda, Luxemburgo e França são outros dos países com
maiores comunidades no exterior.
A
partir das respostas ao inquérito, o Governo promete “políticas públicas mais
justas, eficazes e inclusivas, que elevem o nível do diálogo bilateral com os
países de acolhimento, valorizem os dividendos da presença migrante —
económicos, sociais, culturais, humanos — e integrem plenamente a diáspora no
esforço coletivo de desenvolvimento de Cabo Verde”.
É
a primeira vez que Cabo Verde realiza “uma operação estatística global,
profunda e sistemática” desta natureza, “fora do território nacional”, apontou.
O
Governo cabo-verdiano aprovou, em junho de 2023, o início do processo, com
apoios do Banco Mundial e da Organização Internacional das Migrações (OIM).
Ao
INE foi atribuído o papel de executar o projeto, prevendo-se a conclusão da
operação em 2026.
As
remessas dos emigrantes para Cabo Verde atingiram um recorde de 30,6 mil
milhões de escudos (278 milhões de euros) em 2024, estimando-se que vivam fora
do país 1,5 milhões de cabo-verdianos e descendentes, cerca do triplo da
população residente no arquipélago, que ronda os 500 mil habitantes. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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