Missão introduziu programas para garantir a sustentabilidade logística dos meios fornecidos às FADM pelo Mecanismo Europeu para a Paz. De acordo com relatório divulgado esta terça-feira, a missão liderada por Portugal desenvolveu formações técnicas, cursos de liderança, entre outras.
A
Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique (EUMAM-MOZ)
capacitou mais de 450 militares moçambicanos de Janeiro a Junho deste ano, em
14 programas de formação e treino com as Forças Armadas locais.
A
informação foi partilhada num balanço feito esta terça-feira pela missão, que
destaca que em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique
(FADM), desenvolveu formações técnicas, cursos de liderança, pedagogia militar,
treino civil-militar (CIMIC) e assessoria institucional ao Estado-Maior General
moçambicano, escreve o Notícias ao Minuto.
Para
além das formações nas diversas áreas, a missão introduziu também programas
para garantir a sustentabilidade logística dos meios fornecidos às FADM pelo
Mecanismo Europeu para a Paz.
“A
EUMAM-MOZ é uma missão não executiva com o objetivo de apoiar as FADM na
construção de uma estrutura operacional robusta e autónoma, capaz de regenerar,
treinar e projectar forças com respeito pelos Direitos Humanos e pelo Direito
Internacional Humanitário”, lê-se no relatório do balanço das actividades,
citado pelo Notícias ao Minuto.
A
Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique realizou ainda
diversas iniciativas de cooperação civil-militar, em orfanatos, escolas e
centros de apoio social, beneficiando dezenas de crianças e mulheres. Entre as
acções mais relevantes estão doações de materiais escolares, alimentos, livros
e roupas a instituições de caridade sediadas na capital do país.
Segundo
escreve a missão, “estas acções refletem o compromisso contínuo da EUMAM MOZ
com o apoio às populações mais vulneráveis e o fortalecimento dos laços de
confiança entre as forças militares e as comunidades moçambicanas, num contexto
de promoção da estabilidade e segurança no país”.
Em
2024, a União Europeia tinha anunciado a adaptação dos objectivos estratégicos
da anterior Missão de Formação Militar da UE em Moçambique, que transitou do
modelo de treino para um modelo de assistência, passando, assim, a designar-se
EUMAM-MOZ, isso a 01 de Setembro do mesmo ano.
A
Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique, que também é
liderada por Portugal, formou em dois anos mais de 1700 militares comandos e
fuzileiros moçambicanos, que constituem agora 11 companhias de Forças de Reação
Rápida e já combatem o terrorismo em Cabo Delgado, bem como uma centena de
formadores.
A
missão em Moçambique foi ainda financiada, através do Mecanismo Europeu para a
Paz, para aquisição de todo o tipo de equipamento não letal para estas
companhias de forças especiais, escreve o Notícias ao Minuto.
A
Missão liderada por Portugal integrava 119 militares de 13 Estados-membros, com
mais de metade provenientes de Portugal, mas teve a particularidade de integrar
outros dois países de fora da União Europeia, nomeadamente Sérvia e Cabo Verde,
que contribuíram com um militar cada.
A
missão da União Europeia em Moçambique é liderada pelo brigadeiro-general
português Luís Barroso e conta com 83 militares de 11 nacionalidades, devendo
actuar num mandato que vai até Junho de 2026. In “O País”
- Moçambique
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