A Fundação Macau concedeu quase 1,6 mil milhões de patacas de apoio financeiro entre Janeiro e Junho deste ano, um aumento significativo de quatro vezes mais em relação ao período homólogo do ano passado. Além dos subsídios dados a associações tradicionais, destacam-se os apoios para a Universidade de Macau relativos à aquisição de um terreno para o novo campus em Hengqin, envolvendo uma verba superior a mil milhões de patacas
Nos
primeiros seis meses deste ano, a Fundação Macau deu aprovação a mais de mil
pedidos de apoio financeiro, cujo montante de financiamento atingiu 1,59 mil
milhões de patacas. O valor total representa uma subida acentuada de 306% em
relação ao mesmo período do ano passado, quando foram canalizados 391 milhões
de patacas.
O
valor atribuído no primeiro trimestre deste ano foi de 1,26 mil milhões de
patacas, equivalendo a um aumento anual de 556%, enquanto o do segundo
trimestre foi de 325 milhões de patacas (+64%), segundo consta na lista de
apoio financeiro actualizada pela entidade na Plataforma de divulgação pública
das informações dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos.
Analisando
os dados, a diferença no valor total concedido pela Fundação Macau no primeiro
semestre do ano deveu-se principalmente a dois projectos aprovados a pedido da
Universidade de Macau (UM). A instituição de ensino superior foi beneficiária
de uma verba de 373,4 milhões de patacas em Janeiro, de 659,8 milhões de
patacas em Fevereiro, e também de 139,2 milhões de patacas em Junho, o que
totalizou em mais de 1,17 mil milhões de patacas.
A
Fundação Macau indicou que foram apoios financeiros para a UM relativamente à
aquisição de um terreno para fins educativos na Zona de Cooperação Aprofundada
entre Guangdong e Macau em Hengqin. Os três pagamentos correspondem à “primeira
prestação” e “última prestação” do subsídio, avançou o organismo.
A
Fundação Macau financiou em Janeiro com 50 milhões de patacas a Fundação
Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, no âmbito do projecto do
satélite “Macau Science Satellite-2”.
Nesse
sentido, ao contrário do habitual, as associações tradicionais de Macau
deixaram de ser as maiores entre as entidades beneficiárias. Das associações
tradicionais, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau continua,
como habitualmente, a ser a entidade que recebeu mais subsídios, tendo
angariado 36 milhões de patacas, com os montantes de 16,6 milhões e de 19,3
milhões de patacas nos dois trimestres, respectivamente.
Segue-se
a Federação das Associações dos Operários de Macau, com um total de 28,7
milhões de patacas de subsídio recebido até Junho. A Associação Geral das
Mulheres foi atribuída com 27,6 milhões de patacas, enquanto a Aliança de Povo
de Instituição de Macau, associação ligada à comunidade de Fujian, recebeu 14
milhões de patacas.
Os
apoios financeiros foram principalmente para as despesas de funcionamento das
associações, bem como subsídios para organização de actividades comunitárias.
As
entidades de matriz portuguesa estão também entre as beneficiadas. A Fundação
Escola Portuguesa de Macau foi concedida com um montante de apoio financeiro de
9,8 milhões de patacas na primeira metade do ano, em termos de subsídios para
actividades e despesas para o ano lectivo. Registou-se assim um acréscimo de
20% no valor de apoio financeiro obtido por este organismo em relação ao mesmo
período do ano transacto.
Por
sua vez, a Casa de Portugal em Macau recebeu um financiamento de 7,5 milhões de
patacas, cuja maioria serviu para despesas de funcionamento da associação, além
de apoio financeiro para actividades.
A
Fundação Macau concedeu à Associação Promotora da Instrução dos Macaenses um
apoio financeiro de 765 mil patacas. Já a Associação dos Macaenses recebeu 2,1
milhões de patacas, enquanto a Associação dos Jovens Macaenses angariou 121 mil
patacas de subsídio para actividades. Catarina Chan – Macau in “Ponto
Final”
Sem comentários:
Enviar um comentário