Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Portugal - Carlos Ascenso André conquistou o Prémio D. Diniz

Carlos André, professor coordenador honorário da Universidade Politécnica de Macau, conquistou o Prémio D. Diniz, atribuído pela Fundação da Casa de Mateus pela tradução de “Arte de Amar”


O júri do Prémio D. Diniz distinguiu, entre as obras publicadas em 2023, o professor Carlos Ascenso André, professor honorário da Universidade Politécnica de Macau e presidente do Conselho Científico da Academia das Ciências de Lisboa, pela sua tradução de “Arte de Amar”, de Ovídio (Quetzal), anunciou a Fundação da Casa de Mateus.

Segundo a Fundação, a nova versão de “Arte de Amar”, de Ovídio, destaca-se como “a primeira tradução portuguesa feita directamente do original latino e publicada em edição bilíngue”. “Esta obra insere-se num notável movimento editorial de regresso aos clássicos, revelando ao leitor contemporâneo toda a riqueza e complexidade do verbo ‘amar’, tal como o concebeu Ovídio, da sedução à transgressão, da liberdade à obsessão, do prazer à sátira”, refere a mesma nota, ao justificar o prémio atribuído a Carlos André, antigo director da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e ex-coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do então Instituto Politécnico de Macau.

Por outro lado, no que respeita às publicadas em 2024, o júri do Prémio D. Diniz, composto por Fernando Pinto do Amaral (presidente), Pedro Mexia e Mário Cláudio, decidiu distinguir J. Rentes de Carvalho, pela sua obra “Cravos e Ferraduras” (Quetzal).

“Cravos e Ferraduras”, de J. Rentes de Carvalho, oferece um “retrato acutilante” de Portugal, atravessando os 50 anos do 25 de Abril. “Com o olhar arguto que lhe é característico, o autor reúne dezenas de textos -contos, crónicas e textos diarísticos – em que observa o país de ontem e de hoje, revelando, com rara mestria, as suas continuidades e contrastes”, destaca a Fundação da Casa de Mateus.

Para o júri do prémio, Rentes de Carvalho “faz com os portugueses o que fez em com os holandeses, vê gente com virtudes e defeitos, manhosos como só nós sabemos, enquanto doseia, como só ele sabe, o sarcasmo e a empatia”.

Instituído pela Fundação da Casa de Mateus em 1980, o Prémio D. Diniz distingue anualmente uma obra de poesia, ensaio ou ficção ou a tradução portuguesa de uma obra fundamental do cânone literário. Em 2023 foi atribuído a Jorge Calado, com “Mocidade Portuguesa” (Imprensa Nacional-Casa da Moeda), e em 2022 a José Tolentino Mendonça, com “Introdução à Pintura Rupestre” (Assírio & Alvim). A lista de premiados inclui, entre outras personalidades, Agustina Bessa Luís (1980), José Saramago (1984), Eduardo Lourenço (1995), António Lobo Antunes (1999), Maria Teresa Horta (2011) ou Jorge Silva Melo (2021).

O prémio tem o apoio da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar na Fundação da Casa de Mateus, em data a anunciar. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau


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