Carlos André, professor coordenador honorário da Universidade Politécnica de Macau, conquistou o Prémio D. Diniz, atribuído pela Fundação da Casa de Mateus pela tradução de “Arte de Amar”
O
júri do Prémio D. Diniz distinguiu, entre as obras publicadas em 2023, o
professor Carlos Ascenso André, professor honorário da Universidade Politécnica
de Macau e presidente do Conselho Científico da Academia das Ciências de
Lisboa, pela sua tradução de “Arte de Amar”, de Ovídio (Quetzal), anunciou a
Fundação da Casa de Mateus.
Segundo
a Fundação, a nova versão de “Arte de Amar”, de Ovídio, destaca-se como “a
primeira tradução portuguesa feita directamente do original latino e publicada
em edição bilíngue”. “Esta obra insere-se num notável movimento editorial de
regresso aos clássicos, revelando ao leitor contemporâneo toda a riqueza e
complexidade do verbo ‘amar’, tal como o concebeu Ovídio, da sedução à
transgressão, da liberdade à obsessão, do prazer à sátira”, refere a mesma
nota, ao justificar o prémio atribuído a Carlos André, antigo director da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e ex-coordenador do Centro
Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do então Instituto Politécnico de
Macau.
Por
outro lado, no que respeita às publicadas em 2024, o júri do Prémio D. Diniz,
composto por Fernando Pinto do Amaral (presidente), Pedro Mexia e Mário
Cláudio, decidiu distinguir J. Rentes de Carvalho, pela sua obra “Cravos e
Ferraduras” (Quetzal).
“Cravos
e Ferraduras”, de J. Rentes de Carvalho, oferece um “retrato acutilante” de
Portugal, atravessando os 50 anos do 25 de Abril. “Com o olhar arguto que lhe é
característico, o autor reúne dezenas de textos -contos, crónicas e textos
diarísticos – em que observa o país de ontem e de hoje, revelando, com rara
mestria, as suas continuidades e contrastes”, destaca a Fundação da Casa de
Mateus.
Para
o júri do prémio, Rentes de Carvalho “faz com os portugueses o que fez em com
os holandeses, vê gente com virtudes e defeitos, manhosos como só nós sabemos,
enquanto doseia, como só ele sabe, o sarcasmo e a empatia”.
Instituído
pela Fundação da Casa de Mateus em 1980, o Prémio D. Diniz distingue anualmente
uma obra de poesia, ensaio ou ficção ou a tradução portuguesa de uma obra
fundamental do cânone literário. Em 2023 foi atribuído a Jorge Calado, com
“Mocidade Portuguesa” (Imprensa Nacional-Casa da Moeda), e em 2022 a José
Tolentino Mendonça, com “Introdução à Pintura Rupestre” (Assírio & Alvim).
A lista de premiados inclui, entre outras personalidades, Agustina Bessa Luís
(1980), José Saramago (1984), Eduardo Lourenço (1995), António Lobo Antunes
(1999), Maria Teresa Horta (2011) ou Jorge Silva Melo (2021).
O
prémio tem o apoio da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar na Fundação da Casa de Mateus, em
data a anunciar. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau
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