O artista cabo-verdiano Hélio Batalha acaba de lançar um novo single, intitulado Pirigrinu, na véspera da celebração dos 50 anos da independência de Cabo Verde, para assinalar este momento histórico. Pirigrinu já está disponível em todas as plataformas digitais
Segundo
uma nota enviada, "Pirigrinu" é um afrobeat que não só celebra a
resistência e identidade do povo cabo-verdiano, mas também inaugura
oficialmente a Immortal Recordz, uma label e produtora musical
independente criada pelo próprio.
"Pirigrinu
é uma canção que mistura ritmo quente com uma mensagem de profunda carga
emocional. Com uma base afrobeat dançante e contemporânea, a faixa fala da vida
dos emigrantes cabo-verdianos na diáspora, retratando condições de vida
precárias, a perda do sentido de comunidade, a exploração laboral e a constante
saudade de casa”, revela.
Na
mesma nota, Hélio descreve os "pirigrinus" como corpos em trânsito,
que se movem em busca de melhores condições, mas que passam por inúmeras
dificuldades, pela falta de morabeza, esse acolhimento afectivo e caloroso que
é marca indissociável da cultura cabo-verdiana.
Para
a mesma fonte, o lançamento de "Pirigrinu" não é apenas um marco
simbólico, é também um acto de posicionamento. Trata-se da primeira faixa
lançada pela Immortal Recordz, “um selo que pretende transformar o panorama
musical cabo-verdiano e africano”.
Immortal Recordz
Conforme
a mesma fonte, a Immortal Recordz nasce com um propósito de dar voz, estrutura
e visibilidade às criações artísticas das periferias africanas, com foco na
emergente cena cabo-verdiana.
Fundada
por Hélio Batalha, a label assume-se como um polo híbrido que combina
produção musical, gestão artística, produção audiovisual, capacitação de
talentos e impacto social.
“Mais
do que distribuir música, a Immortal Recordz quer construir legados.
Pretende-se consolidar como uma plataforma de descoberta e fortalecimento de
talentos, promovendo uma nova geração de artistas com identidade própria,
profissionalismo e capacidade de dialogar com o mundo sem abdicar das suas
raízes”, sublinha.
Hélio
relata que a label propõe uma abordagem interseccional entre cultura,
educação e resistência, apostando em processos de produção artística que sejam
ao mesmo tempo ferramentas de emancipação.
Segundo
Hélio, a Immortal é um sonho que se materializa para dar continuidade a um
compromisso: tornar perenes as vozes das margens. “Não só em Cabo Verde, mas em
toda a diáspora africana. Somos uma casa para artistas que tenham algo original
e autêntico e uma visão profundamente africana".
A
Immortal Recordz, conforme a mesma nota, quer ser referência continental e
transatlântica, tanto na descoberta de talentos quanto na construção de uma
nova narrativa cultural. “Assume-se como um projeto de futuro, que aposta na
integração entre produção, gestão e atuação comunitária”.
Com
o lançamento de "Pirigrinu" e a fundação da Immortal Recordz, Hélio
Batalha disse que reafirma o seu lugar não apenas como músico, mas como
visionário cultural. “Este é apenas o primeiro passo de uma caminhada que
pretende amplificar vozes, formar gerações, redesenhar horizontes e inscrever
Cabo Verde no mapa das potências criativas globais”. Dulcina Mendes – Cabo Verde
in “Expresso das Ilhas”
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