O
embaixador da China em Lisboa, Zhao Bentang, disse que as empresas chinesas ou
portuguesas de capitais chineses estão a enfrentar “problemas” em Portugal,
nomeadamente longas esperas por procedimentos burocráticos. Segundo um
comunicado divulgado pela embaixada, o diplomata mencionou ainda obstáculos
relacionados com tributação, “políticas estáveis” e o princípio do tratamento
igual para produtos e serviços estrangeiros.
O
diplomata falava durante um encontro com o novo secretário de Estado da
Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que terá prometido “estudar
cuidadosamente as questões levantadas”.
Bernardo
Cruz pediu “mais apoio” da China para as empresas portuguesas interessadas em
explorar o mercado chinês e “melhores condições” para o seu crescimento. O
secretário de Estado defendeu ainda mudanças para tornar o Fundo de Cooperação
e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa “mais efetivo”.
Em
causa está um fundo de cooperação de quase mil milhões de euros criado pelo
Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e
Comercial de Macau.
Segundo
o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de
Língua Portuguesa (Fórum de Macau), o fundo, com quase dez anos de vida, apoiou
um investimento total de mais de quatro mil milhões de dólares de empresas
chinesas em países de língua portuguesa.
Apesar
do impacto da pandemia de covid-19, o comércio bilateral entre os dois países
cresceu mais de dois mil milhões de dólares em comparação com 2019, disse Zhao
Bentang.
O
investimento acumulado chinês em Portugal atingiu 10,6 mil milhões de euros,
enquanto o investimento português na China ultrapassou 40 milhões de euros,
acrescentou o embaixador. O diplomata apelou para a assinatura de acordos
bilaterais para facilitar o investimento em áreas como a economia digital e o
desenvolvimento ‘verde’, assim como o investimento conjunto em outros países. In “Ponto
Final” - Macau
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