No
24º dia da guerra de Macky Sall em Casamansa, uma saída timidamente toma forma.
O preço desta aventura de jovens recrutas senegaleses nas florestas ao norte de
Bignona é de cem mortos e dez mil refugiados e deslocados. Tudo isso pela
vontade de um único homem, ferido pelo ódio do povo de Casamansa e sedento de
sangue.
O
presidente Macky Sall teria como alvo o início do mês do Ramadão e a data de 3
de abril, véspera do feriado nacional e do exército, para declarar no seu
tradicional discurso, a sua "grande vitória" contra os combatentes da
independência de Atika do Movimento de Forças Democráticas de Casamansa (MFDC).
A aposta está perdida.
É
aliás “uma guerra relâmpago” que os oficiais militares senegaleses anunciaram
aos soldados, à opinião pública nacional e internacional nestes termos: “uma
operação cujo principal objetivo é desmantelar todas as bases da facção Salif
Sadio situadas ao longo da fronteira norte."
Noutras
palavras, "destruam todas as bases rebeldes e capturem vivo ou morto o seu
líder no norte, Salif Sadio."
No
terreno, a realidade parece transformada em pesadelo. As forças senegalesas
"recuaram" para se concentrar em torno das cidades de Bignona e
Ziguinchor, de modo que se retiraram completamente do norte de Casamansa, que
vários observadores definem como uma derrota.
Mais
de 35% das capacidades móveis do exército foram eliminadas. Das 52 viaturas
militares mobilizadas pelo exército senegalês na sua “segurança fronteiriça”, 34
regressaram ao quartel, notam os peritos militares.
Após
dez anos de suprema magistratura à frente do Estado do Senegal, Macky Sall,
como os seus antecessores, Léopold Sédar Senghor, Abdou Diouf, Abdoulaye Wade,
como os portugueses, os franceses e as várias alianças turcas e marroquinas,
nunca vencerá em Casamansa e os seus dignos filhos do MFDC. “Invicta Félix!“,
Feliz Invicta! Antoine Bampoky – Casamansa in “Journal
du Pays”
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