Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Fórum de Macau - Países lusófonos pedem investimento chinês

Durante a sessão de abertura da Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau, vários países de Língua Portuguesa pediram investimento chinês numa altura em que tentam recuperar da crise económica provocada pela pandemia


Os países lusófonos pediram ontem investimento chinês no âmbito da recuperação económica pós-covid-19, na Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia da Silva, sustentou que, “num momento de contração económica mundial”, o “maior desafio” passa “por vencer a pandemia” e que os esforços conjuntos, no âmbito do Fórum de Macau, podem ser “uma oportunidade para atrair investimento privado”, nomeadamente na construção civil, com expressão nos números do emprego.

Nuno Gomes Nabiam, chefe do Governo guineense, aproveitou para convidar os investidores a visitarem o país, agora que se “retoma agenda económica e diplomática, após anos de estagnação e letargia”, apelando ao apoio da China no “desenvolvimento de tecnologias produtivas”, palavras secundadas pelo primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, que manifestou a vontade de reforço da união e dos mecanismos de cooperação dos países representados no Fórum Macau.

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, sublinhou a importância do apoio, “desde logo de índole financeira”, na definição dos “eixos centrais” da actuação futura do Fórum de Macau.

Já o líder do Governo timorense, Taur Matan Ruak, frisou os “efeitos devastadores da pandemia”, mas expressou a convicção de que a “ajuda chinesa” e o compromisso do país “em explorar oportunidades” no projecto de Pequim da Grande Baía podem ser uma resposta ao contexto económico internacional.

O Brasil, pela voz do vice-presidente, Hamilton Mourão, preferiu destacar “o potencial económico” dos países de língua portuguesa, “inseridos em distintos blocos comerciais”, com milhões de consumidores, países costeiros, “de recursos marítimos e minerais”, sendo necessário continuar a impulsionar o intercâmbio comercial e o fluxo de investimentos.

Já o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, lembrou a importância do investimento chinês num país que está “a realizar importantes reformas democráticas e do Estado de Direito” e a desenvolver medidas económicas que passam, por exemplo, “por diminuir a dependência do petróleo”.

No final da reunião, que decorreu à porta fechada, os representantes dos países no Fórum de Macau aprovaram, além da Declaração Conjunta para o reforço da cooperação, uma outra que aprova a entrada da Guiné Equatorial como membro, país que faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa desde 2014. In “Jornal Tribuna de Macau” - Macau


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