A
Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), no Cuando Cubango, inicia, dentro de
quatro meses, a produção de ferro gusa, com uma capacidade instalada de 250
toneladas/dia, uma acção que vai contribuir no crescimento económico
sustentável da província.
O
facto foi anunciado na passada terça-feira, à ANGOP, pelo seu director-geral,
Wilton dos Reis Oliveira. Segundo o responsável, a produção inicialmente
arranca com um alto-forno, dos três previstos a serem instalados até 2025, cujo
funcionamento vai gerar 1100 postos de trabalho directo para a juventude da
província do Cuando Cubango.
Informou
que até 2025, ano da entrada em funcionamento da segunda fase do projecto,
prevê-se gerar quatro mil e 22 empregos, cuja produção aguarda pela dinamização
da instalação de uma linha do Caminho de Ferro de Moçâmedes e o porto do
Namibe, através do seu regular uso no transporte.
Disse
que o projecto, no seu geral, tem um investimento avaliado em 300 milhões de
dólares, dos quais cerca de 60 milhões já foram aplicados na aquisição de
equipamentos, máquinas diversas, sua instalação, construção do estaleiro, entre
outros meios.
Referiu
que a área de exploração no Cuchi é de dois mil hectares. Enquanto isso, a
Bovinus Sudeste de Angola (BSA), empresa agro-industrial, será a responsável,
nesse projecto, pelo processo de reflorestação e a conformação do carvão, para
abastecimento à siderurgia do Cuchi, cuja sua implantação no município foi em
2015.
O
director da BSA, Carlos Carneiro, informou que a produção do carvão está a ser
feita há dois anos, esperando que a CSC arranque com a produção do ferro.
Nesta
indústria foram criados 980 postos de trabalho directos e 1800 de forma
indirecta, essencialmente jovens residentes no município do Cuchi e Menongue.
Segundo
deu a conhecer, até ao momento dispõem de dois mil e 500 cúbicos de carvão,
produzidos em 740 fornos, dos 960 previstos por construir.
Em
relação à reflorestação, desde 2020, a empresa está engajada na preparação das
terras para a plantação do eucalipto em dois mil hectares, para manter a mata
nativa (floresta natural), com vista a alavancar o processo de preservação do
meio ambiente, concretamente a flora.
A
Companhia Siderúrgica do Cuchi será a primeira fábrica de fundição em Angola
que vai operar com fonte de energia renovável, no caso o carvão vegetal, para
fundir minério e que vai permitir a instalação de um sistema de energia
termoeléctrica.
Este
sistema irá absorver os gases do alto-forno, com previsão para gerar, na sua
segunda fase, em 2025, cerca de 15 megawatts de energia eléctrica para o
empreendimento e para a população da sede municipal. In “Angonotícias”
– Angola com “ANGOP”
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