Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 17 de abril de 2022

Chove muito, chove tanto


 







Vamos aprender português, cantando

 

Chove muito, chove tanto


Chove muito, chove tanto

que a minha rua é um rio

à lupa não me distingo

ao olho ninguém me vê

 

Voam corpos pela margem

andam pedras pelo mar

e ao mergulhar para dentro

dos panos desse fantasma

 

O alcatrão dos afectos

prende a perna, prende a mão

derrama um ventre salgado

e lembra, lembra de mim

 

Quando não tinha sapatos

quando chupava capim

com os cabelos descalços

e os lábios de quem não lê

 

Chove, chove

chove, chove

 

Chove muito, chove tanto

que a minha rua é um rio

à lupa não me distingo

ao olho ninguém me vê

 

Voam corpos pela margem

andam pedras pelo mar

e ao mergulhar para dentro

dos panos desse fantasma

 

O alcatrão dos afectos

prende a perna, prende a mão

derrama um ventre salgado

e lembra, lembra de mim

 

Quando não tinha sapatos

quando chupava capim

com os cabelos descalços

e os lábios de quem não lê

 

Chove, chove

chove, chove

 

Chove muito, chove tanto

que a minha rua é um rio

chove muito, chove tanto

pingando o ouro dos braços

 

Vou-me afastando de mim

 

Que a minha rua é um rio

a minha rua é um rio

 

Amélia Muge – Portugal

 

Composição:

Teresa Muge / Amélia Muge - Portugal


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