Vamos
aprender português, cantando
Chove muito, chove tanto
que a minha rua é um rio
à lupa não me distingo
ao olho ninguém me vê
Voam corpos pela margem
andam pedras pelo mar
e ao mergulhar para dentro
dos panos desse fantasma
O alcatrão dos afectos
prende a perna, prende a
mão
derrama um ventre salgado
e lembra, lembra de mim
Quando não tinha sapatos
quando chupava capim
com os cabelos descalços
e os lábios de quem não lê
Chove, chove
chove, chove
Chove muito, chove tanto
que a minha rua é um rio
à lupa não me distingo
ao olho ninguém me vê
Voam corpos pela margem
andam pedras pelo mar
e ao mergulhar para dentro
dos panos desse fantasma
O alcatrão dos afectos
prende a perna, prende a
mão
derrama um ventre salgado
e lembra, lembra de mim
Quando não tinha sapatos
quando chupava capim
com os cabelos descalços
e os lábios de quem não lê
Chove, chove
chove, chove
Chove muito, chove tanto
chove muito, chove tanto
pingando o ouro dos braços
Vou-me afastando de mim
Que a minha rua é um rio
a minha rua é um rio
Amélia Muge – Portugal
Composição:
Teresa Muge / Amélia Muge
- Portugal
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