São
Tomé – São Tomé e Príncipe e a Nigéria, discutem na capital são-tomense, a
hipótese de se rever o Tratado de Exploração de Petróleo entre os dois países,
– disse à STP-Press o ministro tutelar dos assuntos de petróleo.
Segundo
Osvaldo d’Abreu, ministro dos Recursos Naturais, a hipótese de revisão é posta
em prática, cumpridos 20 anos da existência do Tratado por vontade comum das
partes como previsto no documento.
Recorde-se
que os dois países, em Abuja (capital da Nigéria), subscreveram em Fevereiro de
2001, na sequência do processo de delimitação das fronteiras marítimas e
estabelecimento da ZEE, que teve seu início em 1998, um Tratado de Exploração
Conjunta dos Recursos Petrolíferos e outros existentes na Zona Conjunta dos
dois Estados.
O
Tratado institui ainda uma entidade internacional designada de Autoridade de
Desenvolvimento Conjunto (ADC) composta por representantes de ambos os países e
responsável pela gestão da Zona de Desenvolvimento Conjunto (ZDC) na base de
partilha de receitas e despesas em termos de 60% para Nigéria e 40% para STP.
A
reunião que decorre em São Tomé, resulta de um mandato do Presidente da
República e do Primeiro-ministro são-tomenses a fim de se inteirar de
verdadeiros problemas e constrangimentos que afectam a organização para ao mais
alto nível, se tomar algumas decisões que se impõem.
De
acordo com Amadji Geldam, presidente da Autoridade Conjunta, existe alguns
problemas para os quais deve-se propor algumas decisões, mas que são situações
normais inerentes ao funcionamento da mesma autoridade e que podem ser
suportados por alguns activos existentes da própria zona conjunta.
De
entre problemas existentes, soube a STP-Press, é a situação orçamental da
Autoridade que é suportada, há muitos anos, unilateralmente pela Nigéria.
Um
dos problemas prende-se com o orçamento/2022 de funcionamento da Autoridade
Conjunta sedeada em Abuja, que estará sujeito, nesta reunião de São Tomé, a
“algumas recomendações”, conforme afirmou.
Todavia,
não obstante esses “constrangimentos”, a STP-Press soube que a “Autoridade
Conjunta de Exploração de Petróleo não estará em causa e que vai continuar
garantindo assim os objectivos primários que presidiram à subscrição do
Tratado”.
Sublinha-se
que a parte nigeriana é conduzida por Amidji Geldam, ao passo que o lado
são-tomense é conduzido por Osvaldo d’Abreu, ministro dos Recursos Naturais
acompanhado de Engrácio Graça, das Finanças, incluindo técnicos e gestores da
Autoridade Conjunta Nigéria/São Tomé e Príncipe. Manuel Dênde – São Tomé e
Príncipe in “STP-Press”
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