Porto
Novo – Os três campos de experimentação agrícola, instalados em Santo Antão
pela Associação para a Defesa do Património de Mértola, Portugal, estão a
receber ensaios de cultivo de novas espécies forrageiras, com vista a melhorar
a alimentação animal.
Os
ensaios estão a ser efectuados no quadro do projecto sobre sistemas
agroflorestais que esta organização não-governamental portuguesa está a
implementar em Santo Antão em parceria com algumas associações locais, Câmara
Municipal do Porto Novo e com o Ministério da Agricultura e Ambiente.
Uma
das espécies que está a ser testada é o “tagasaste”, planta conhecida
localmente como “chatice”, cujo nome científico é “cytisus proliferus”,
informou esta associação, que tem estado a desenvolver projectos ambientais e
turísticos em Santo Antão.
Por
causa da seca, espécies forrageiras estão a desaparecer nos campos de pastagem,
razão pela qual as associações de criadores de gado vêem “com bons olhos” a
introdução de novas espécies forrageiras na ilha, que podem se desenvolver
mesmo em contexto de seca.
O
projecto sobre sistemas agroflorestais, que está a ser implementado em Santo
Antão há cerca de um ano, entrou já na segunda fase, em que formações em maneio
holístico e nutrição animal são algumas actividades previstas.
Além
de formações em maneio holístico e nutrição animal, o projecto pretende ainda
levar a acabo “experiências com hidrogéis” e ensaios para produção de ração.
Na
primeira fase, o projecto consistiu na criação de três campos experimentais,
onde já foram realizados ensaios de cultivos de diferentes espécies e foi
criado um viveiro em Casa do Meio onde diferentes tipos de sementes estão a ser
plantadas.
No
Planalto Leste, foi ainda instalado um sistema de captação de água dos
nevoeiros.
O
projecto sobre sistemas agroflorestais em Santo Antão é promovido pela
Associação para a Defesa do Património de Mértola, em parceria com três
associações comunitárias nesta ilha, quais sejam, a Associação Luz Verde do
Norte, a Associação dos Jovens Agricultores da Casa de Meio e a Associação das
Mulheres do Planalto Leste (Amupal).
O
projecto, iniciado em Março de 2021, conta com o financiamento da União
Europeia, no âmbito da iniciativa GCCA+West África. In “Inforpress”
– Cabo Verde
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