Segundo
o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) o
Brasil e a OISC-CPLP vão ajudar a acelerar a conclusão das auditorias às contas
do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), em atraso.
A
promessa de Zacarias da Costa resulta de um encontro que teve na quinta-feira,
na sede da CPLP em Lisboa, com o ministro do Tribunal de Contas da União do
Brasil, Walton Alencar, que é também o secretário-geral da OISC (Organização
das Instituições Supremas de Contas) da CPLP.
Walton
Alencar “veio discutir” como “o Brasil e a OISC poderão ajudar nas auditorias
às contas do IILP, que ainda estão em atraso”, e falou igualmente de como
aproximar a CPLP e a OISC, por forma a trabalharem juntas “e melhor no futuro”,
afirmou Zacarias da Costa, quando questionado pela Lusa sobre o conteúdo do
encontro com o responsável do Tribunal de Contas da União brasileiro.
Neste
momento, estão por auditar pelo Tribunal de Contas de Cabo Verde as contas do
IILP de 2018, 2019 e 2020.
Quanto
às contas de 2017 foram auditadas, mas como o parecer foi contestado, falta
agora o tribunal dar o parecer final, de acordo com informações prestadas à
Lusa pelo embaixador daquele país em Portugal, que representou a presidência
cabo-verdiana da CPLP em Lisboa.
A
presidência cabo-verdiana da CPLP terminou o seu mandato, que foi prolongado a
pedido de Angola, em julho de 2021.
Eurico
Monteiro disse que o Tribunal de Contas de Cabo Verde justificou estes atrasos
também com as limitações que sofreu decorrentes da pandemia de covid-19.
As
contas do IILP foram sempre apresentadas a tempo e horas pelo seu
diretor-executivo, sublinhou o embaixador.
Zacarias
da Costa, que recebeu Walton Alencar, na sede a CPLP em Lisboa, adiantou que o
ministro do Tribunal de Contas da União do Brasil, que é também
secretário-geral da OISC, “irá assumir, em novembro próximo, a presidência da
Intosai [Organização Internacional das Instituições Supremas de Auditoria]”.
Neste
contexto, os dois responsáveis também discutiram “estratégias para tornar o
português na língua oficial daquela organização internacional”, afirmou.
Assim,
“vamos trabalhar juntos para que o português possa tornar-se na língua oficial
da Intosai”, acrescentou Zacarias da Costa.
“A
OISC e o Brasil irão ajudar o Tribunal de Contas de Cabo Verde para avançarmos
mais rapidamente na conclusão das auditorias às contas do IILP”, frisou.
Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São
Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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