Bissau - O líder do Partido Africano Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou que o país carece de uma “liderança lúcida, esclarecida, comprometida e virada para o atendimento e satisfação das necessidades da população”.
Num
balanço político por ocasião do fim de ano, Simões Pereira considerou 2021 como
ano de "muita turbulência e incerteza ".
“Infelizmente,
seguimos o rumo da autodestruição, promovendo uma degradação acelerada de todos
os indicadores da nossa vida económica, política, securitária e especialmente a
social”, disse Simões Pereira.
O
político disse que registou-se uma ostentação pública da compra de consciência
e instrumentalização de estruturas completas da sociedade guineense,
sequestros, abstração à luz do dia, espancamentos de pessoas inocentes,
humilhação pública de comunidades inteiras e prisões arbitrárias.
Afirmou
que tudo isso ocorreu com o fito de “amedrontar e levar o povo à submissão à
vontade e interesses de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos”.
O
líder do PAIGC disse que os serviços públicos degradam a uma velocidade
incrível, ao ponto de os guineenses testemunharem uma paralisia sem precedentes
na saúde e na educação, com “reflexos terríveis” na vida da população.
E
diz que tudo isso ocorre na mesma altura em que se multiplicam a contratação de
grandes créditos e a alimentação de uma vida de “abastança, luxo e turismo para
uns quantos, em redor do regime”.
Domingos
Simões Pereira afirmou ainda que "o património público é dilapidado à
frente de todos, para atender a interesses particulares e por conveniência,
seja por via de compensações fraudulentas de terrenos públicos, seja por
alienação indevida de edifícios de utilidade pública seja mesmo pela afetação
direta do dinheiro dos contribuintes".
Para
o líder do PAIGC, o atual regime "não se coibiu de criar e multiplicar
impostos, que chegaram à aberração de taxar o pensionista, de sancionar o
pequeno produtor para aumentar a abastança dos privilegiados e de mais
posse".
Simões
Pereira disse que "a justiça vai sendo silenciada, dominada e
paulatinamente convertida num instrumento ao serviço dos poderosos, para
fabricar e implementar leis por encomenda e em função dos interesses do dito
soberano”. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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