O
Governo são-tomense prorrogou a situação de calamidade até 31 de janeiro, com
proibição de funcionamento de discotecas, “em virtude da presença da variante
Ómicron” que tem provocado “a elevada taxa de contágio” de covid-19 no país.
No
que toca às aulas presenciais, o Governo decidiu “manter as escolas abertas,
respeitando o uso obrigatório de máscaras e todas as medidas sanitárias gerais,
em virtude da campanha de vacinação para os adolescentes dos 12 aos 17 anos,
que começará no dia 17 de janeiro”.
A
decisão saiu do Conselho de Ministros, realizado na quinta-feira, que “analisou
a situação epidemiológica no país, com a constatação do aumento exponencial dos
casos positivos”.
O
Governo declarou também “confinamento domiciliar obrigatório para pessoas com
resultado de teste de covid-19 positivo e dos contactos, como forma de diminuir
o risco de contágio” e manteve a “obrigação de uso correto de máscara nos
espaços fechados, recintos escolares e nas viaturas públicas e privadas” a partir
dos 10 anos.
Mantém-se
a “proibição de realização de procissões” religiosas, estando autorizadas
apenas a “realização de missas e cultos, com ocupação de 50% da capacidade de
lotação das igrejas ou templos, respeitando as regras gerais sanitárias”.
A
mesma condição é imposta em caso de “realização de palestras e reuniões, em
espaços fechados” bem como para a “realização de festas de batizados e
casamentos” que não devem ter mais de 75 convidados sujeitos a “apresentação do
certificado de vacinação completa para todos os participantes ou teste de
antigénio negativo”.
Festivais
musicais e de festas públicas estão proibidos, segundo o comunicado do Governo,
que autoriza “visitas aos lares de idosos, centros de acolhimento e
estabelecimentos prisionais apenas para as pessoas que tenham o certificado de
vacinação completa ou teste de antigénio negativo”.
No
campo desportivo, é conferida a “permissão para a prática de desportos
coletivos, apenas para as competições profissionais oficiais, com ocupação de 1/3
da capacidade de lotação dos campos cercados ou pavilhões com a obrigação de
apresentação do certificado de vacinação completa, para os atletas, membros das
equipas técnicas, árbitros, equipas de segurança, jornalistas e público”.
Para
entrar em São Tomé e Príncipe mantém-se a “obrigatoriedade de apresentação de
teste RT-PCR negativo” realizado até 72 horas antes da data de chegada.
“No
caso das viagens entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe é obrigatório a
realização dos testes rápidos nos dois sentidos, efetuados até 48 horas antes
da data de partida para as pessoas que não têm o certificado de vacinação
completa,” lê-se no documento.
O
Governo deixou ainda “um veemente apelo para que toda a população elegível
exerça a sua cidadania ativa e se vacine contra a covid-19”, reafirmando que
“há vários lotes de vacinas disponíveis no país, com a garantida de qualidade e
segurança, testadas e certificadas por organismos internacionais competentes”.
Na
quinta-feira o Governo são-tomense confirmou que a variante Ómicron do novo
coronavírus circula no país desde dezembro, estando na base do aumento
exponencial de casos que atingiu o recorde de 117 novas infeções e causou três
mortes nesta semana.
“Estamos
a confrontar-nos com um aumento vertiginoso do número de casos na sociedade de
uma forma geral e muito em particular nos profissionais de saúde nas diferentes
especialidades de intervenção sanitária”, afirmou hoje o ministro da Saúde,
Edgar Neves.
O
governante não especificou o número de profissionais de saúde que estão
infetados, mas garantiu que o Governo está a “erguer forças, mobilizar
recursos, melhorar a organização” para “responder a esta pandemia sem entrar em
pânico”.
Uma
nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde
que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram
notificadas infeções em pelo menos 110 países. In “Mundo
Lusíada” - Brasil
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