O
embaixador chinês na Guiné-Bissau, Guo Ce, apelou na terça-feira a uma maior
cooperação entre os dois países, nomeadamente na construção de um parque
industrial no país africano. Segundo um comunicado da embaixada chinesa, Guo Ce
defendeu ainda maior cooperação bilateral nas áreas da agricultura e comércio,
durante um encontro em Bissau com o embaixador da Guiné-Bissau na China, Serifo
Embaló.
O
diplomata guineense elogiou a realização “com sucesso” da oitava reunião
ministerial do Fórum de Cooperação China-África, que terminou a 30 de Novembro
em Dacar, capital do Senegal.
Uma
semana antes do evento, a 22 de Novembro, a Guiné-Bissau e a China assinaram um
memorando de entendimento para a cooperação, no âmbito da iniciativa chinesa
“Uma Faixa, Uma Rota”. Serifo Embaló, que foi nomeado embaixador residente em
Pequim em junho de 2020, encontra-se atualmente na Guiné-Bissau, mas deverá
regressar à China ainda este mês.
Numa
entrevista à RDP-África e agência Lusa a 28 de dezembro, o diplomata disse que
tinha obtido manifestações de interesse de chineses em investimentos diretos ou
acordos de parcerias com empresários guineenses em domínios como a agricultura,
turismo, comércio, indústria e pescas.
Três
dias depois, Guo Ce sublinhou que tinha relembrado aos armadores chineses a
necessidade de respeitar “de forma rigorosa” durante o período de repouso
biológico e marinho.
O
Governo guineense interditou toda a atividade de pesca durante janeiro, pela
primeira vez em 48 anos, disse à Lusa em dezembro o secretário-geral do Ministério
das Pescas da Guiné-Bissau, Maurício Sanca.
A
promessa de Guo Ce surgiu durante a doação de equipamento informático ao
Ministério das Pescas de Guiné-Bissau.
Segundo
um comunicado da embaixada chinesa, Maurício Sanca disse que o equipamento vai
ajudar a fiscalização o respeito pelo período de repouso biológico e marinho.
Os
recursos pesqueiros em África estão a ser explorados de forma “oportunista” por
frotas europeias, chinesas e de outros países, que aproveitam em seu benefício
a má gestão das águas africanas, disse à Lusa Ibrahima Cissé, director da
campanha dos oceanos da Greenpeace África, em 2019.
Segundo
estimativas de um estudo do projeto Sea Around Us, publicado em 2015, a China
(2,3 milhões de toneladas/ano) reportou apenas 8 por cento, respetivamente das
suas capturas totais (incluindo rejeições) nos países da África Ocidental entre
2000 e 2010. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”
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