Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Estados Unidos da América - Canábis pode impedir humanos de padecer de Covid-19

Um estudo, tornado público na quarta-feira pela Universidade do Estado do Oregon, conclui que há um par de ácidos canabinóides que pode ligar-se à proteína spike do SARS-CoV-2 e bloquear a sua entrada nas células humanas.

Um grupo de investigadores científicos da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos da América, publicou um estudo no Journal of Natural Products esta quarta-feira onde revelam que encontraram um par de ácidos canabinóides capaz de se ligarem à proteína spike e impedir que o SARS-CoV-2 infecte células humanas. A descoberta pode ser um grande passo na busca por um antiviral contra o novo coronavírus. Dessa forma, um medicamento que conseguisse ligar-se à tal proteína spike seria de grande ajuda para o sistema imunitário do hospedeiro e impedir que ocorra um desenvolvimento da doença Covid-19. “Qualquer parte do ciclo de infecção e replicação é um alvo potencial para intervenção antiviral, e a conexão do domínio de ligação do receptor da proteína spike ao receptor ACE2 da superfície da célula humana é um passo crítico nesse ciclo”, explicou Richard van Breemen, um dos investigadores da Universidade do Estado do Oregon, especialista em estudos científicos que envolvem inovação em cânhamo. Ainda de acordo com o mesmo cientista, a vantagem destes compostos é que apresentam poucos riscos para a saúde humana e são facilmente encontrados na planta conhecida como cânhamo e em muitos dos seus extratos.

Aliás, como é sabido, diversos compostos de cânhamo já se popularizaram na sociedade com a presença em cosméticos, loções corporais, suplementos dietéticos, além do uso na produção de ração animal e de alimentos. “Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da canábis, e têm um bom perfil de segurança em humanos. A nossa investigação mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra outras variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”, referiu ainda van Breemen numa entrevista concedida ao sítio EurekaArlet.

O investigador acredita que a produção e posterior administração de um medicamento baseado em compostos de cânhamo “teria poucas barreiras pela frente”. “Esses compostos podem ser tomados por via oral e têm uma longa história de uso seguro em humanos”, frisou van Breemen que agora pretende conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento. In “Ponto Final” - Macau

 

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