Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Moçambique – Rios a transbordar deixam estradas e pontes destruídas

A tempestade tropical Ana passou para categoria de depressão tropical. A chefe da ONU no país fala de necessidade de ajuda internacional para enfrentar crise que deixou pelo menos oito mortos e dezenas de feridos


Até esta quarta-feira, Moçambique registou oito mortes devido à passagem da tempestade tropical Ana.

A agora depressão tropical atingiu a costa da província de Nampula, na segunda-feira, antes de seguir para o oeste, afetando o norte das províncias da Zambézia e sul de Tete.

Salvamento

A representante das Nações Unidas em Moçambique explicou que as cheias são extensas nas áreas afetadas. Falando à ONU News, de Maputo, Myrtha Kaulard contou que “rios transbordaram com força de correntes devastadoras”.

Destacou que com as estradas e pontes destruídas, essas condições limitam a possibilidade de se avaliar os danos e os esforços de busca e salvamento no momento.

“Como Nações Unidas, estamos presentes em todas as províncias afetadas pela tempestade tropical Ana. Estamos a trabalhar de maneira conjunta e muito forte com as autoridades locais e com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres. Eu gostaria de dizer que as instituições moçambicanas estão muito bem preparadas. Estão muito presentes e temos estoques.”

Pelo menos 4 mil pessoas foram afetadas pela tempestade, 66 ficaram feridas e 650 casas sofreram danos, incluindo um centro de saúde e salas de aula.

Eventos

A coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique disse também que é preciso ter em conta que o momento é de incidência destes episódios.

“As Nações Unidas também estão extremadamente preocupadas. Este é o primeiro evento desta época de ciclones, mas sabemos como Moçambique é um dos países mais vulneráveis aos problemas climáticos que podem ser devastadores e que acontecem em cada ano. Este ciclo anual está tão breve que as populações não têm tempo para recuperar e acumulam a vulnerabilidade. Em Moçambique a vulnerabilidade é extrema. Ainda que agora estamos a dar ajuda humanitária, ao mesmo tempo vemos como é absolutamente importante investir na redução do risco dos desastres naturais ao fortalecer a resiliência em Moçambique”.

A tempestade Ana teve ventos de até 100km/h e chuvas de até 200 milímetros por dia. As províncias de Sofala, Niassa e Cabo Delgado foram afetadas em menor escala.

Kaulard destacou que “definitivamente, Moçambique precisa de ajuda internacional para enfrentar esta crise adicional.”

Em apoio às autoridades locais, a ONU atua com parceiros humanitários em questões como a provisão de reservas humanitárias que são atualmente limitadas no país. ONU News – Nações Unidas


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